segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Mais que esporte


Briga de gigantes, batalha de egos, duelo de vaidades... Qualquer nome pode se encaixar nessa história de Manoel Tobias e Falcão. Ontem, no esporte espetacular, tudo isso teve um fim. Pouco me interessa o porquê disso tudo, o que realmente tem valor é que os nossos maiores jogadores deram um importante passo, onde os maiores vencedores foram eles mesmos, suas famílias, amigos, companheiros e o futsal. Parabéns pela atitude Falcão e Manoel. Vocês passaram por cima do orgulho e isso demonstra humildade, respeito e companheirismo...

             

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Lembranças

Nos últimos anos tive o prazer de ministrar as disciplinas de futsal e futebol na UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná) em Curitiba. Passaram por minhas aulas vários alunos, acadêmicos do curso de Educação Física, gurias, guris, amantes do futsal e futebol, simpatizantes e aqueles que desconhecem os esportes, até aí, nada de incomum. Num determinado semestre, organizamos uma viagem até Jaraguá do Sul (SC) pra vermos a Taça Brasil. Lá fomos nós, ao final de tudo pedi um relato de experiência da disciplina. Transcrevo, novamente (já havia publicado esse texto), um desses relatos que massageiam o ego, nos enchendo de orgulho... 

Nesse semestre, dentro da disciplina de futsal, tivemos a oportunidade de conhecer uma forma diferente de trabalhar o esporte. Diferentemente das outras disciplinas que tivemos até agora na faculdade, o futsal foi à única que conseguiu despertar interesse em todos os alunos e fez com que todos conseguissem, ao mínimo, jogar. Isso só foi possível devido à metodologia de trabalho utilizada pelo professor. Em outras disciplinas dentro do curso, sempre trabalhamos os esportes através dos métodos parciais, com pouca parte das aulas se destinando ao jogo propriamente dito. Mas, com o futsal foi diferente. Através dos jogos condicionados utilizados e criados pelo professor, conseguimos conhecer uma forma de dar aula que motiva muito mais os alunos, causa muito mais interesse e inclui todos os alunos na participação das atividades. Isso sem nunca fugir da parte teórica. Dentro dessa metodologia, tive a oportunidade de participar dos treinos da equipe de futsal. Essa experiência foi muito interessante, pois consegui comparar a metodologia de trabalho utilizada com os níveis de exigência diferenciados. Portanto, através desse método, que pode ser utilizado desde iniciação até no alto nível, a única alteração significativa é o nível de exigência dentro das atividades. Ainda dentro da disciplina, tivemos a oportunidade de comparar as diferenças existentes entre um jogo profissional e um amador. Tanto durante o jogo amador quanto durante o jogo profissional fiquei responsável por realizar uma análise que dizia como as equipes atacavam e defendiam, além de características dos jogadores e dos goleiros. Tanto no jogo amador quanto no profissional, senti muita dificuldade em realizar essas análises. Isso para mim só ressaltou o trabalho da comissão técnica existido na maioria das equipes grandes. A análise é difícil, mas muito importante, com ela podemos verificar todos os pontos negativos e positivos da equipe adversária.

Em relação às diferenças entre os jogos profissionais e amadores, a diferença é gritante. Para mim, o jogo amador se mostrou muito mais corrido e menos técnico. A situação de um contra um também é bem mais evidenciada no jogo amador, principalmente pela recomposição defensiva ser bem menos eficiente do que no jogo profissional. No jogo profissional a posse de bola é mais valorizada e as situações de um contra um são mais raras. As equipes trabalham muito mais a bola antes de buscarem uma situação de gol. Para mim essas foram às principais diferenças observadas.
Por último, tive a oportunidade de participar como árbitro de um jogo da equipe feminina de futsal. Achei a experiência muito interessante e pretendo buscar cursos nessa área para ter a oportunidade de apitar outros jogos.
Por fim, acho que por tudo isso que já foi citado anteriormente, a disciplina conseguiu proporcionar experiências novas e despertou em mim uma nova forma de ver o futsal. Acho que seria interessante esse mesmo método ser utilizado em outras disciplinas práticas, pois proporcionar esse tipo de experiência faz com que conheçamos melhor o esporte, até em seu mais alto nível.

Por João Guilherme Lopes Martins

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Super Herói. Da telinha ao futsal

O desajeitado Chapolim colorado

Quando criança, víamos o homem aranha, super homem, he man, batman, entre outros tantos e ficávamos brincando com os nossos sonhos, desejando seus poderes, suas forças, até certo ponto suas prepotências. Sempre fã do Chapolim Colorado, nunca o considerei "super". Atrapalhado, desajeitado, fraco e medroso, quem quer um herói assim??? Depois de um tempo a gente cresce, amadurece, passa a questionar velhos conceitos, inclusive os de heróis, as velhas armas já não encantam mais. É preciso muito mais do que heróis criados, é preciso mais do que músculos, super poderes. Percebemos que eles não existem. Afinal de contas, não há existência sem amor, sem coração. Quando sentimos que toda força do mundo é inútil diante de um coração apaixonado, vemos o quão fraco eles se tornam.

Por sua vez, o grande Roberto Gómez Bolaños deu vida a um herói presente em cada um de nós. Todos os "defeitos" do besouro Chapolim são tão pequenos diante de sua maior arma: o bom coração. Ele consegue fazer de sua única arma a sua grande virtude. Ele derrota bandidos como Tripa Seca, Poucas Trancas e Quase Nada sem ter as vezes um plano inteligente para superá-los, ao coração, todo o mérito. Desmerecido até mesmo por quem pede sua ajuda, ele dá mostras do seu potencial. Está presente em todos os lugares, conquista por sua simpatia, simplicidade e desejo que as coisas dêem certo. Ali, em cada peleia ele deposita tudo o que tem e no final sempre consegue. Esse sim é um verdadeiro herói. Pra mim, o Chapolim traduz aquilo que mais vale na vida: o bom coração, ele é o retrato fiel do ser humano. Os outros heróis, me parecem extras terrestres, mais nada.




Assim como na telinha, no futsal vemos muitos desses heróis. Guerreiros, valentes que entregam seus corações a essa causa esportiva. Temos muitos desses, quero falar sobre um em especial: Ricardo Westphal. De Castro (PR), 27 anos, treinador de futsal. Meu parceiro Caidão nasceu com distrofia muscular ( uma doença progressiva de caráter hereditário, sua principal característica é a degeneração da membrana que envolve a célula muscular, é um termo amplo usado para designar um grupo de doenças genéticas que afetam os músculos causando fraqueza, dependendo do tipo de distrofia, afeta grupos de músculos diferentes e tem velocidade de degeneração variável) e sua paixão pelo futsal não foi abalada por sua condição inata. Atualmente, ele é treinador de futsal de várias equipes de futsal de sua cidade. Seu time principal disputa a chave bronze do futsal paranaense e se chama Nano Futsal (leva esse nome em homenagem ao seu irmão, já falecido pela mesma doença).
Me emociono ao falar dele, ele é um exemplo de que as condições não são capazes de mudar sua atitude, seu coração. Seus temores, seus segredos, inseguranças, nada mais do que características comuns a todos os seres humanos não são impedimentos para suas ações. Sua atitude é seu maior aval. Tenho muito orgulho de ver o quanto ele faz pelo futsal e o futsal faz por ele. Tenho prazer em dizer que ele e o Chapolim são meus heróis favoritos. Eles não deixam que as condições mudem suas atitudes.

Por fim, um versículo bíblico que define bem tudo isso: foi assim para que se manifestem nele as obras de DEUS (João 9,3).

Caido perfilado com seu time

Intelli épica...



Impressionante, espetacular. Vocês podem achar outros adjetivos para a final e eu assinarei embaixo. Jogo que se apostava no equilíbrio, o primeiro tempo foi um massacre catarinense, a defesa quadrante encaixada, velocidade no contra-ataque e a impaciência paulista foram determinantes para o placar. Intelli 0 x 4 Krona. Gols de Ricardinho (2), Café e Leco.
O segundo tempo fora paulista em seus primeiros minutos. Algo ocorreu dentro do vestiário da Intelli que devolveu o futsal esquecido no primeiro tempo. Não acho que ouve algum tipo de acomodação por parte da Krona, conhecedores da equipe adversária, duvido muito que eles agiriam com tal prepotência. Enfim, os 3 gols em poucos minutos foram determinantes para uma partida épica na sequência. Falcão achou dois passes sensacionais que Jé concluiu. Logo depois, num contra-ataque ele marcou e o jogo acirrou novamente. A Krona teve a chance de marcar, continuou defendendo bem e contara-atacando. No entanto, a quase 2 minutos do fim, com a Intelli com o linha goleiro, outra vez Falcão achou Vinicius que empatou a partida: 4x4. Título para a Intelli, muito mais do que merecido pelo investimento, pela cidade que incorporou o futsal a sua vida, ao patrocinador e ao elenco.


A Krona, cabe o lamento momentâneo da derrota, afinal de contas quem quer ganhar sempre se entristece com a derrota. No entanto, há uma certeza: o dever cumprido. Sobrou virtude, garra, determinação, coragem, disposição. Aos paulistas, os louros de um título muito justo, épico e com o tempero da união. Enfim, dois jogaços que encerraram essa grande liga da maneira que ela merece. Faço agora minha seleção da liga 2012. Lembrando a todos que aqui temos muita gente capaz de fazer parte do selecionado.

Goleiro: Guita (Intelli)                    
Beque: Rodrigo (ACBF)
Ala esquerda: Falcão (Intelli)
Ala direita: Simi (Corinthians)
Pivô: Vander Carioca (Joinville)
Técnico: Cidão (Intelli)

Abraço a todos e que DEUS os abençoe...


sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Uma grande final para uma grande liga


Ontem, em Joinville (SC), ocorreu o primeiro jogo da final da liga 2012. Um grande jogo. Há quem diga que um jogo deve ter muitos gols, lá e cá ,defesas monumentais e muita emoção. nem sempre. O jogo desta quinta-feira reuniu dois ótimos elencos, treinadores do mesmo nível, arbitragem sem aparecer e um grande público num centro de eventos que se equiparou com o alto nível do espetáculo. Enfim, tudo para que a o primeiro jogo da final tivesse que ser como fora.
Não tenho como objetivo comentar os jogos, afinal de contas não é minha função. Quero me deter a outros aspectos dos jogos. Percebo que a cada dia que passa os jogos ficam mais intensos, impressionante o nível de desempenho físico a que chegam os jogadores. Aqui vai uma crítica aos tradicionalistas que ainda acreditam num modelo de periodização baseado nos aspectos físicos. Sabendo como trabalha Fernando Ferretti posso afirmar que a base física a que chegam suas equipes em nada tem de modelo cartesiano, sua metodologia é baseada na complexidade, na estrutura tática, o elemento inteligente do jogo, reafirmo que as variáveis físicas vêm de arrasto, inseridos nos objetivos técnico-táticos a que são submetidos seus atletas em seus treinamentos. Por outro lado, pouco posso falar sobre o Cidão, treinador da Intelli. Em tempo, algo me diz que ele trabalha da mesma maneira que Ferretti, PC, Marquinhos Xavier, mas isso é somente suposição minha, baseado na qualidade de seus jogadores e no nível de compreensão que eles tem do jogo e do que ele pede.



No jogo de ontem, percebemos a importância do pivô de referência, Vander Carioca foi tão importante que jogou além do tempo imaginado pelo treinador. Pela Intelli, Guita manteve o nível de atuação, vem pegando muito e nada mais, Ciço esbanja categoria, um grande senso de posicionamento. Ah, aos menos avisados, as equipes do Ferretti marcam muito, o grande lance é que jamais abrem mão de jogarem pra frente. Com isso, correm mais riscos, neste jogo, pela ausência de Valdim e Pixote, a Krona se tornou um pouco menos ofensiva, por motivos óbvios. Na parte defensiva das equipes, estou vendo, cada vez mais, os times correndo pra trás, o retorno defensivo das equipes tem melhorado sensivelmente. Se nota a importância de marcar.  A exigência que antes era pautada em cobrança hoje assume um hábito comportamental, um conceito ligado e determinado pelo modelo de jogo que seguem os treinadores. O nível de concentração das duas equipes foi altíssimo, mesmo com o goleiro linha, a marcação da Intelli foi eficiente e, quando a Krona chegou, lá estava Guita. Por vezes , com o goleiro linha, a bola atravessou a meta paulista e os catarinenses não fizeram. Sorte ou azar? Duvido, isso não existe. 
Em tempo, uma vez o grande treinador PC comentou que um dos grandes jogos da sua Ulbra fora uma derrota contra a ACBF em 2003, pois perderam jogando. Pelo jogo de ontem, Ferretti deve ter afirmado o mesmo, mostrando que o próximo embate deverá ser um grande jogo, cheio de possibilidades, com alternância na posse de bola, sem um time exageradamente defensivo ou ofensivo, será um jogo onde as variações das formações decidirá. Se por um lado Leco, Neto, Júlio, Ricardinho e Gessé marcam, do outro Junai, Ciço e Marinho também. Vander, Leandrinho, Keké e Murilo e do outro Deives, Jé, Vinícius e Falcão respondem ofensivamente.
Podem apostar, teremos um jogo muito vertical, com os treinadores apostando muito no jogo direto, os pivôs se destacando e a torcida mineira da paulista Intelli de Orlândia na mesma pressão com fizaram os catarinenses de Joinville. Se bem que, como ocorrera em Santa Catarina, o nível de maturidade dos dois times não se deixará levar pela pressão da torcida. Fica a dica, ESPN, segunda-feira as 19.00 (que horário e que dia para uma final), façam suas apostas... Eu já fiz!!!

Um grande abraço a todos e que DEUS os abençoe....

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Como o Brasil torce...

Público na Arena da baixada em Curitiba, antes da paralização para as reformas visando a Copa 2014


O blog do Beto Zini é um dos que mais busco notícias do futebol gaucho. Nele, encontrei essa entrevista tri legal galera. Espero que gostem...
http://wp.clicrbs.com.br/boladividida/2012/09/23/como-o-brasil-torce/?topo=13,1,1,,,13...

Como o Brasil torce


Nascido na Costa Rica, na América Central, 38 anos, torcedor do Flamengo, o professor, pesquisador e escritor Bernardo Borges Buarque de Hollanda estuda o futebol na cultura brasileira. Nesta entrevista, ele trata da torcida.
"É possível dizer que desde o final dos anos 1960 as autoridades britânicas estavam em busca de soluções para o comportamento “hooligan” na Inglaterra. O Relatório Taylor, de 1968, documenta esta preocupação, logo após a realização da Copa do Mundo naquele país. Depois de uma década e meia tentando contornar essa situação, o hooliganismo atingiu um limite crítico entre 1985 e 1989, quando ocorreram as tragédias nos estádios de Heysel e Hillsborough, com mais de uma centena de mortos. Neste momento, a perplexidade e a crise moral levaram os gestores ingleses – polícia, organizadores, patrocinadores - a rever toda a política econômica do futebol. Isto começou com a revisão radical da infraestrutura arquitetônica, que acabou, por exemplo, com os alambrados e as separações físicas entre campo e arquibancada, de modo a evitar mortes por superlotação" (Buarque de Hollanda).
(O verbo “torcer” ganhou novo sentido no futebol nos primeiros estádios de futebol da belle époque carioca, ainda no século passado. Em determinados momentos da partida, as mulheres, nervosas, torciam os lenços. Assim, “torcer” passou a ser associado ao calor das arquibancadas.)
Zini – Qual o impacto da Copa de 2014 sobre as torcidas organizadas no Brasil?
Bernardo Buarque de Hollanda – O impacto será parcial e indireto, uma vez que, se as torcidas organizadas participavam dos jogos da Seleção Brasileira até os anos 1980, nas últimas décadas, ao menos nas partidas realizadas no Rio de Janeiro, existe a política de policiamento que não permite a entrada dos uniformizados, a fim de evitar o estímulo às rixas clubísticas.
Zini  – Os novos estádios, as arenas, podem mudar o comportamento da torcida brasileira? Teremos torcedores mais comportados?
Buarque de Hollanda – As dimensões espaciais dos estádios refletem concepções não apenas arquitetônicas como de ordenamento social. Os formatos induzem a um tipo de comportamento desejado. Em uma entrevista concedida nos anos 1990, o arquiteto francês que projetou o Parque dos Príncipes, estádio do Paris Saint-Germain, revelou que o modelo para a construção daquela arena havia sido um zoo, por isto a existência de um fosso entre o campo e as arquibancadas. Depois das tragédias em estádios na Inglaterra, os fossos foram abolidos, como o será agora, com o novo Maracanã.
Zini – A plateia dos estádios (o torcedor) fará parte do novo espetáculo? Ou o futebol do futuro pode prescindir dos torcedores? Transformar tudo num espetáculo televisivo?
Buarque de Hollanda – Parece mais plausível pensar em uma ressignificação do modo de torcer do que no fim das torcidas. Justamente porque é um espetáculo televisivo, a tevê necessita da participação do torcedor, como forma de passar a sensação de emoção, exibindo a performance coletiva dentro do estádio. Por exemplo, nada mais performático para a televisão do que mostrar a “avalanche” da torcida do Grêmio após o gol do time. Boa parte das torcidas hoje atua com a consciência de que estão sendo filmadas, vide o próprio tamanho das faixas, em letras garrafais e dispostas em posições estratégicas para a captação das imagens. No Engenhão, duas torcidas organizadas, a Fúria Jovem do Botafogo e a Young-Flu, deixaram o setor atrás do gol e rumaram para o meio de campo, de modo a ficar estrategicamente situadas em frente à televisão.
Zini – Por que a violência faz parte do modo de vida das torcidas organizadas no Brasil?
Buarque de Hollanda – Não diria apenas no Brasil. Existe uma subcultura internacional de jovens torcedores, com três matrizes nacionais exportadas nos anos 1980: o modelo hooligan na Inglaterra, os ultras na Itália e os barra-bravas na Argentina. Nos três, há o apelo e a sedução grupal por condutas violentas, a partir do mecanismo básico de contraposição identitária: nós-eles. As diferenças se dão por conta do caráter instrumental da violência, ora como meio (as circunstâncias levam a soluções violentas), ora como fim (já existe uma premeditação para o confronto).
Zini – Qual o papel da tevê na transformação dos estádios?
Buarque de Hollanda – O papel da tevê é decisivo na alteração da fisionomia dos estádios. Ela altera a própria apreensão perceptiva de quem está nas arenas, haja visto a introdução dos telões. Torcedores, técnicos e jogadores são condicionados a ver os lances nessas telas gigantes, quando a distância e o ângulo de visão dificultam o acompanhamento do jogo. A média de capacidade dos estádios passa a ser 40 mil espectadores, o que garante boas receitas com ingressos majorados e facilita os mecanismos de controle por parte da polícia, com assentos numerados e predeterminados.

domingo, 23 de setembro de 2012

Brasil Olímpico


Divido com vocês um texto compartilhado do site uol no seguinte endereço. http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/60328-brasil-olimpico.shtml
Ele fala da participação brasileira nas Olimpíadas de Londres 2012 e trás as perspectivas para Rio 2016. Boa leitura pessoal...

Depois do pequeno avanço em Londres, Brasil precisa aproveitar oportunidade da Rio-2016 para galgar posições no ranking dos Jogos
O Brasil chega hoje ao final da Olimpíada de Londres com um resultado discreto. Ainda na dependência da definição de alguns resultados, o país já bateu seu recorde de medalhas.
O avanço, todavia, foi modesto diante do estágio alcançado há 16 anos, em Atlanta, quando a delegação brasileira conquistou 15 medalhas, três delas de ouro -total que se repetiu em Pequim, em 2008.
O desempenho mostrou-se compatível com a projeção do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), mas aquém das 20 participações em pódios esperadas pelo ministro do Esporte, Aldo Rebelo.
A quatro anos de patrocinar sua Olimpíada, a primeira a ser realizada na América do Sul, o Brasil melhora, mas não figura entre os destaques do planeta. Por que avançamos tão devagar?
A clássica e genérica queixa nacional de que "falta investimento" não é a melhor resposta. Embora sempre seja possível pedir mais, o fato é que, depois de Pequim-2008, o governo federal destinou cerca de R$ 2 bilhões ao esporte olímpico -sem contar as verbas, não divulgadas, de estatais como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, que patrocinam vôlei e atletismo.
Por exemplo, de 2009 a 2011, foram repassados ao COB R$ 421 milhões por intermédio da lei 10.264, a chamada Lei Piva, sancionada em 2001 pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, que reserva 2% da arrecadação bruta das loterias federais para o esporte.
Parte daqueles recursos da União bancou ainda o programa Bolsa Atleta e investiu na preparação, na infraestrutura, na identificação de talentos e na capacitação de recursos humanos. Já há uma verba de R$ 276 milhões comprometida com a preparação de esportistas e a melhoria de instalações para a Olimpíada do Rio.
Lembre-se ainda que alguns Estados possuem leis de incentivo ao esporte, semelhantes à federal, com base em renúncia tributária. É o caso de São Paulo, que em 2010 e 2011 distribuiu mais de R$ 91 milhões para a capacitação e o treinamento de atletas.
No quesito investimento, o calcanhar de aquiles é o baixo volume proveniente do setor privado, mas é certo que a realização dos Jogos no Rio atrairá mais patrocínios. Além disso, com vistas a 2016, o COB e o Ministério do Esporte preparam novos programas e prometem reforçar o apoio financeiro.
Não obstante, prevalece a impressão de que o tempo é curto e de que o Brasil poderá desperdiçar a oportunidade única de dar um salto no cenário internacional ao promover uma Olimpíada, que custará ao país no mínimo R$ 33,5 bilhões (10% mais que Londres).
Com efeito, a atividade esportiva modernizou-se nos últimos anos, mas tem muito a avançar em termos de gestão e eficiência. Além disso, falta ao país um instrumento básico, que é uma política nacional de esporte. No primeiro caso, é preciso superar o persistente personalismo, não raro associado à ineficiência e a práticas condenáveis, que sobrevive na direção de entidades do setor.
Os britânicos dão um bom exemplo nesse sentido. Depois de um fiasco em Atlanta-1996, recuperaram-se com uma reforma no financiamento e na organização de sua estrutura esportiva.
Diferentemente do Brasil, onde a distribuição dos recursos das loterias é mediada por dirigentes do COB e das confederações, no Reino Unido, desde 1997, eles são repassados por um órgão público diretamente aos atletas.
Quanto à política de esportes, é essencial envolver amplamente a população, em especial os mais jovens, de modo a tornar mais eficiente a identificação de talentos.
O caminho é um sistema nacional que abarque não somente clubes, mas também escolas, universidades e outras entidades.
Urge, ainda, enfrentar diferenças regionais -basta dizer que o Sudeste, com 42% dos habitantes, é a origem de 60% da equipe em Londres.
Tais iniciativas poderão auxiliar na necessária ampliação do arco de modalidades nas quais o Brasil participa com chance de vitória ou de medalha.
Sobre isso, o exemplo de Londres se mostra também enfático: o time brasileiro concentrou-se em esportes coletivos numa proporção que não se observa em nenhuma das potências olímpicas. Dos 258 atletas nacionais, 38% disputaram apenas sete medalhas -no futebol, vôlei, basquete e handebol.
Em contraste, países com população menor que a do Brasil, mas voltados para esportes individuais, colhem melhores resultados.
Os brasileiros surpreenderam-se com a inédita conquista individual do ginasta Arthur Zanetti, medalha de ouro nas argolas. A pergunta é: quantos possíveis Zanettis vivem no país sem que tenham tido -ou venham a ter- a chance de praticar ginástica? Como identificá-los, atraí-los e formá-los?
Os desafios para a Rio-2016 não são triviais. Há que planejar e correr para aproveitar a oportunidade de mudar de patamar olímpico.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

FUTSAL: outro grande injustiçado???

Campanha da FPFS para a inclusão do futsal nas Olimpíadas Rio 2016


Há algum tempo, sou leitor assíduo da revista super interessante. Suas reportagens atuais, polêmicas, contextuais e engraçadas fazem parte da rotina de leitura de muita gente no Brasil. No entanto, na edição do mês de agosto, uma reportagem em especial deixou a comunidade futsalonista um tanto quanto incomodada. No texto intitulado pimp my olimpíada a renomada revista cita alguns esportes como injustiçados na seleta esportiva do cartel olímpico. Dentre os injustiçados, citados pela super, estão o skate e suas 134 federações pelo mundo, o automobilismo e as 133 federções nacionais, beisebol com 119 organizações e futebol americano com 182. 
Na referida reportagem a super interessante menciona os porquês destes esportes merecerem uma vaga no rol das olimpíadas e os motivos de não estarem presentes. Com a tradicional competência, a publicação aponta o marketing desenvolvido em prol dos esportes, o retorno midiático financeiro que ele traria, refletindo assim um perfil econômico comum nos dias atuais para o ingresso nos jogos. Sabe-se que o montante de esportes para cada edição dos jogos olímpicos é de 25 a 28 modalidades e que para o ingresso de um, deve-se tirar outro. As questões políticas envolvidas nessa trama, digna de uma novela, norteiam todo o processo e nunca somos sabedores da maneira como ela ocorre. Com grandes números em praticantes por todos os lados do planeta as modalidades mereceriam fazer parte da maior festa esportiva do planeta. 
Por justiça, a revista poderia citar outros grande injustiçados nessa trama esportiva. O nosso futsal, por exemplo. Em pesquisa da  própria editora abril, compartilhado do site (http://mundoestranho.abril.com.br/materia/qual-e-o-esporte-mais-praticado-no-brasil) o esporte conta com quase 11 milhões praticantes no Brasil e 150 federações espalhadas pelo mundo com a prática formal do futsal. Desses países, 115 buscaram vagas nas eliminatórias para o mundial da Tailândia de 2012 a realizar-se em novembro. A evolução em números, comprovada no post anterior (reportagem da fifa),  aliada ao apelo do povo brasuca poderia ser um grande aval, no entanto isso não passa de murmúrio. Quem decide, passa longe de tudo isso, navega em águas nem sempre justas e dignas. A eles, importa o retorno financeiro de quem está no programa. Muitas propostas já chegaram a mesa dos Samaranchs  da vida (Juan Antônio Samaranch, ex presidente do coi), inclusive uma troca com o futebol, inconcebível, a meu ver, mesmo com as varzeanas seleções que disputam os jogos e o pouco interesse do público. Ora, a disputa entre coi e fifa (letras minúsculas usadas propositalmente) vai além de nossos sonhos, a fifa nega uma "copa" a cada dois anos e o coi rejeita o futsal nas olimpíadas. Enquanto isso, uma de minhas preferidas revistas nem menciona o nosso esporte como injustiçado. Talvez por desconhecer o mesmo, por não  acreditar nele ou por mero desprezo, não sei.
Isso mostra algo que nem a gente - futsalonista - sabe. Afinal de contas, o que queremos para o futsal? Pra onde vamos? São perguntas que deveríamos debater entre nós, formar uma opinião capaz de tornar o esporte tão forte quanto um olímpico ou, melhor, ainda mais forte e sem precisar do apelo dos jogos.

Um abraço a todos e que DEUS os abençoe....


segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Uma paixão cada vez mais global


É notório o desenvolvimento do futsal pelo mundo. Prova disso é o texto que publico a seguir, compartilhado do site da fifa. Boa leitura pessoal.
O crescimento mundial do futsal não tem freio. É o que demonstra uma pesquisa realizada pelo Departamento de Desenvolvimento da FIFA. Das 209 federações afiliadas, 150 já praticam o esporte com os mais variados níveis de organização. Levando-se em conta que, em 2006, uma sondagem semelhante apontou um total de 127 membros praticantes, o mais recente resultado representa um aumento de 18%.
Os números mais significativos vêm da Confederação Africana de Futebol (CAF), que há seis anos tinha apenas 21% de adeptos do futsal. Hoje essa estatística saltou para 53% dos países, aproximando-se dos 57% exibidos pela Confederação de Futebol da América do Norte, América Central e Caribe (CONCACAF) e dos 64% ostentados pela Confederação de Futebol da Oceania (OFC).
Com efeito, países africanos onde a disciplina era quase inexistente em 2006, como o Zimbábue, participaram das eliminatórias para a Copa do Mundo de Futsal da FIFA Tailândia 2012. Nesse contexto, é válido mencionar que um total de 115 federações associadas participaram das eliminatórias, 18 a mais do que concorreram para o Brasil 2008.
A FIFA teve uma importante participação nesse crescimento, ao colocar em prática diversos programas para o desenvolvimento do futsal, não apenas nos países iniciantes na modalidade, como naqueles com uma tradição maior no futebol. Um exemplo disso é a Alemanha, uma potência inquestionável nos gramados, que acabou de receber um curso para técnicos de futebol.
Começando do zeroÉ interessante, no entanto, ver como uma federação começa seu trabalho do zero. Na Ásia, um exemplo ilustrativo do avanço do futsal apoiado pela FIFA é a Mongólia, que lançou as bases do seu projeto no final dos anos 1990, mas só conseguiu colocá-lo em marcha em 2008, com ajuda da entidade máxima do esporte. Maya Lhamdorj, chefe do Departamento de Relações Internacionais da Federação Mongol de Futebol (FMF), conta ao FIFA.com como tudo começou. "No nosso caso, o programa tornou-se uma prioridade por causa da influência do clima na temporada de futebol. Como o inverno aqui dura sete meses, sempre com temperaturas abaixo de zero, o futebol só podia ser praticado durante o verão. O nosso objetivo era torná-lo possível durante todo o ano", diz.
A FMF enfrentou toda espécie de problemas, desde o desconhecimento das regras do futsal até a falta de bolas e de chuteiras apropriadas. O obstáculo maior, porém, era a inexistência de um local adequado não apenas às intempéries climáticas, como também às exigências internacionais. "Felizmente, graças aos projetos Goal  3 e 4 da FIFA, conseguimos inaugurar em novembro passado um pavilhão na nossa sede, dotado de um moderno sistema de calefação", afirma Lhamdorj.
"O impacto foi quase instantâneo", continua. "O número de jogadores cresceu enormemente, inclusive entre as crianças, e agora pretendemos criar torneios para todas as idades. Além disso, podemos aproveitar melhor os seminários, como o que tivemos em janeiro para treinadores, e ampliá-los para os árbitros. A ideia é fazer planejamentos de longo prazo", conclui o dirigente, para quem a derrota nas eliminatórias para a Tailândia foi apenas um tropeço inicial na caminhada.
Competir para crescerA pesquisa revela ainda outro número interessante: das 150 federações que praticam o futsal, 116 contam com pelo menos um campeonato nacional masculino. Esse dado é significativo para certos países que, depois de atravessarem as primeiras fases de desenvolvimento, podem hoje ser considerados emergentes no futsal.
Sede da Copa do Mundo de Futsal da FIFA em 2000, a Guatemala criou uma liga profissional para aproveitar o impulso oferecido pela organização do evento, como explica Gerardo Paiz, diretor de futsal da Federação Guatemalteca de Futebol. "O campeonato local foi fundamental, porque nos ajudou a recrutar novos talentos, ampliando a base, não apenas da seleção principal, como também das equipes de base", revela ao FIFA.com.
Paiz acredita que seria importante estender as competições de clubes em nível regional e diz que está trabalhando para isso, "porque beneficiaria não apenas a Guatemala, mas toda a área". Há de se assinalar, contudo, que o país centro-americano vem dando provas de crescimento nos últimos anos, como o retorno da seleção ao Mundial da categoria no Brasil 2008, após a ausência na edição de Taipei 2004. Hoje a Guatemala é uma referência na região e se prepara para receber as eliminatórias da CONCACAF para a Tailândia 2012 no próximo mês de julho.
Organização e atividades promocionaisA sondagem trouxe também conclusões animadoras a respeito da maneira como as federações afiliadas estão organizando internamente a administração do esporte. Enquanto cerca de 61% criaram um Comitê e/ou Departamento de Futsal, aproximadamente 57% promoveram atividades educacionais ou promocionais relacionadas à disciplina.
Neste sentido, está mais do que claro que tanto as escolas como as universidades podem se tornar importantes colaboradoras das federações na missão de promover e apoiar o desenvolvimento do futsal.
"No fim de 2009, quando a NZF acenou com a intenção de acolher o futsal sob sua governança, a modalidade tinha um status mais amador. Para garantir que não haveria um conflito, mas, sim, um complemento com as atividades do futebol. Para todos os programas de juniores indoor, o futsal foi introduzido”, disse ao FIFA.com Dave Payne, gerente de desenvolvimento da federação neozelandesa.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

A culpa é do fone de ouvido

          
Terminadas as olimpíadas, os comentários que se vêem são sempre os mesmos: faltou isso e aquilo, já era esperado esse resultado, poderíamos ter mais medalhas, só isso?, que coisa, enfim, ouvimos sempre as mesmas coisas, das mesma pessoas. Acredito termos alcançados ótimos números e isso acaba gerando uma euforia na expectativa de grandes resultados para Rio 2016. 


Alguns esportes estiveram em evidência em 2012, foi o caso do futebol. Com uma constelação de "craques" a nossa seleção decepcionou (evidente que uma medalha de prata é digna de louvor), porém me apego a questão ligada as expectativas criadas em torno do rendimento dos jogadores. Essa questão cultural fica ainda mais reforçada quando da comparação que faço a seguir. O ginasta Diego Hypólito, em sua participação desabou em sua especialidade, o solo. Logo após o desastre ele pediria perdão aos pais, ao Flamengo, aos patrocinadores, ao povo brasileiro e ao seu treinador. Visivelmente emocionado ele se definiu como um fracassado. A meu ver, ele carregava consigo o peso de alguém que tem um compromisso muito além das medalhas, a possibilidade de alavancar a prática talvez, o patriotismo, a gratidão pelo esporte, a busca por uma condição melhor de trabalho, sei lá, qualquer coisa ligada as questões motivacionais, mas não quero entrar no mérito da questão. 

Quando da comparação com o ginasta, queria colocar o futebol na mesma situação. Jamais imaginei algum de nossos "craques" aparecendo na telinha pedindo perdão pelo fracasso, chorando inconsolavelmente por decepcionar aos sonhos do povo brasileiro. Parem pra pensar: Neymar ou qualquer outro jogador - com todo seu mau gosto ao usar aqueles bizarros fones de ouvido - sem o sorriso forçado, obrigado a encarar os olhos de cada brasileiro decepcionado com tudo isso. IMPOSSÍVEL. Medo, acho que não. Os nossos astros estão rodeados de agentes cuidando de suas vidas, o que falam, o que veem, o que sentem, nada passa despercebido, eles estão robotizados, estão preparados o bastante pra enfrentar a retranca dos nossos corações. As vaias no amistoso da última semana contra a África do Sul no Morumbi evidenciaram a revolta e acreditem: "eles" sentiram, se abraçaram nesta segunda-feira no jogo contra a China, o craque (que  não lançou moda, o cabelo que ele usa, o Léo Moura usa há tempos) disse que ninguém tira o sorriso do seu rosto, isso mesmo: ninguém. Isso é verdade, talvez porque ele não tenha o patriotismo do ginasta, talvez ele não tem a mesma gratidão, não precise de tudo isso, afinal de contas, após o fim dos jogos ele volta pra sua casa, confortavelmente amparado pelo fone de ouvido, sem ouvir as lástimas do povo. 

Blindados, eles não sentem com o mesmo coração. Se assim fosse, diriam estar tristes e decepcionados. Ao contrário, se sentem injustiçados pelo escore dos jogos, pelas vaias, pelas críticas. Acho que as lágrimas que Hipólito derramou deveriam ser de orgulho por tudo o que ele enfrenta. Atrevo-me a compará-los (os jogadores) aos nossos políticos, afinal de contas são hábeis ao sorrir, ao continuar impávidos diante das críticas. Cínicos, se sentem ofendidos quando indagados pela imprensa e a prova do distanciamento da realidade em que vivem essas duas classes é o dia-a-dia de seus mundos, criados, exclusivamente, para a sua satisfação. 

Em tempo, acredito que Neymar seja um grande jogador, porém necessita amadurecer e, com isso, se encher de empatia para com o povo brasileiro, assim como Oscar, Lucas ou Ganso, sentindo tudo aquilo do mesmo jeito que sentimos. Depois disso, acho que a crença no nosso futebol estará engrandecida e o desamor do qual somos alvo retrocede ao seu nível mínimo. Por fim, é preciso olhar pra formação dos jogadores e evidenciar a moral do futebol brasileiro, é preciso enraizar virtudes em nossos jogadores, despertar neles a honra e a glória de defender o escrete canarinho, a essência do futebol. Dinheiro é importante sim, mas jamais será o mais importante. Ah!!!! Tirando o fone de ouvido, eles ouviriam um pouco mais.

Um grande abraço a todos... DEUS os abençoe....

terça-feira, 4 de setembro de 2012

J o g a ç o

                Um grande jogo, com possibilidade de vitória para ambas as equipes. Assim podemos definir o jogo desta segunda feira. Valendo vaga as semifinais da competição, a partida (ocorrida na serra gaucha) teve contornos dramáticos. Jogando pelo empate a equipe CSM/Pré Fabricar/Jaragá do Sul manteve a essência em sua forma de jogar, da mesma forma a ACBF/Carlos Barbosa, as duas equipes jogando com velocidade, verticalidade e, com isso, muito contra-ataque. Placar: 4x3 ACBF. Confiram uma análise da ocorrência dos gols surgidos nessa partida.


      

ACBF 4                                                                   x                      3 CSM/Pré-Fabricar/FME Jaraguá do Sul
Thiaguinho 1x1 - Ataque posicional                                                    Elizandro 0x1 - Contra-ataque
Rodrigo 2x2 - Tiro livre dos 10 mts                                                     Hugo 1x2 - Contra-ataque
Flávio 3x3 - Ataque posicional                                                           Hugo 3x3 - Ataque posicional
Daniel 4 x 3 - Linha goleiro

               Como se vê, o jogo foi equilibradíssimo e rico na origem dos gols. Com dois gols de contra-ataque a equipe jaraguaense apostou numa eficiente marcação quadrante e, além dos gols, vários lances surgidos nessa ação, sempre com a defesa partindo de frente, com os muitos jogadores a frente da bola, quando de posse da mesma. O terceiro gol surgiu de um ataque posicional, com o pivô sendo fundamental na construção e finalização da jogada. Por sua vez, dois gols da equipe sulina surgiram de ataque posicional,  numa clara reafirmação de sua forma de jogar, alas habilidosos, velocidade e aporte do pivô, finalizando ou como passador. Um gol de tiro livre após a 5° falta e o último e mais emocionante gol a 16 segundos do fim.  Jogada com o Jhonatan como linha goleiro linha passando e Daniel finalizando no 2°pau. Uma orientação do treinador jaraguaense chamou a atenção: em seu pedido de tempo ele armou seu time, que seguiu a risca as orientações até o gol da ACBF. Ele pediu que o time marcasse em losango com Dian a frente e pediu que seu goleiro Jean desse um passo a frente e orientou a 2° linha - quando o losango vira quadrante na marcação do goleiro linha - do passe no 2° pau. Na marcação, o ala deu espaço ao canhoto Jhonatan na finalização. Um momento de desatenção que acontece em todas as equipes. O jogo na prorrogação foi ainda mais equilibrado. Precisando vencer, a CSM se impôs e seu ataque criou muitas possibilidades de gol. Essa situação gerou contra-ataques para ambas as equipes, mesmo assim, o placar manteve-se em 4x3 para a ACBF. 
               Um jogo do mais alto rendimento com os gols surgidos dentro da média que as pesquisas apontam é a prova do nível de excelência dos integrantes das equipes. Com isso, evidencia-se a necessidade de se treinar todas as partes do jogo dentro de um equilíbrio que seja justificado com a ocorrência dos gols nas partidas que se joga... Logo comentarei sobre a classificação da Intelli em Orlândia. 

Um abraço e que DEUS  abençoe a todos....

domingo, 2 de setembro de 2012

Voluntários da Pátria

Acabo de ler um texto que fala sobre o voluntariado na copa do mundo. Posto aqui pra vcs. Vale a pena a leitura. Abração a todos e fiquem com DEUS.

                                               Voluntários na Copa da África do Sul - 2010

O lançamento do Programa de Voluntários para a Copa de 2014 gerou uma revolta generalizada na imprensa e nas mídias sociais. A lógica brasileira é retilínea. Se o Mundial gera bilhões de dólares, não faz sentido o coitado do voluntário trabalhar de graça. Simples assim.
A Fifa precisa de 15 mil voluntários para a Copa e sete mil para a Copa das Confederações. Quer ter umas 90 mil inscrições para poder fazer uma boa seleção. O voluntário precisa necesssariamente falar no mínimo inglês e ter disponibilidade total de tempo no período dos eventos. A ajuda de custo é para alimentação e transporte. E o voluntário não é mesmo remunerado, trabalha sem receber por isso.
Um absurdo, foi a gritaria geral. Onde já se viu o país torrar bilhões em estádios e o voluntário não ganhar nada? Aí que precisamos separar as estações. Os gastos exagerados e desmandos com o dinheiro público são uma coisa. O programa de voluntariado é outra. Nesses grandes eventos como Copa e Olimpíadas, os voluntários são peças fundamentais. Eles são os anfitriões, eles mostram a cara do país. No voluntariado é que nasce o verdadeiro engajamento. As Olimpíadas de Londres foram um sucesso muito em função dos voluntários. Que estavam treinados e motivados. Não por um salário, mas pela causa. Queriam mostrar que Londres podia fazer uma grande Olimpíada. Tinham orgulho de sua cidade, informavam e tratavam o turista com carinho.
Não há nada errado em ter voluntários que trabalhem apenas pela oportunidade de participar de um acontecimento inesquecível. Se tem obra superfaturada, se tem gente faturando indevidamente com a Copa é outra conversa. Só não vamos colocar os voluntários na mesma cumbuca, são assuntos completamente distintos.
Texto escrito pelo jornalista Sérgio Xavier, colunista da revista Placar em

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Exercendo a liderança

             
               Muito se fala acerca de liderança. Comenta-se aos quatro ventos que um comandante de uma equipe deve conhecer vestiário, outros dizem que ele deve entender de bola. alguns afirmam que ele deve ser duro, ainda, dizem que um líder tem que treinar bem, modificar bem. São tantas variáveis que ficaríamos debatendo por horas. Enfim, acho que a função de um líder é conseguir os resultados que se espera do grupo. Para tanto, é fundamental que a equipe tenha compromisso, talento e motivação proporcionais aos objetivos traçados. É responsabilidade do comandante da equipe extrair o melhor de cada integrante a fim de que, somados, construam um coletivo forte.
               Ao surgir uma equipe vencedora e que se perpetua na história por uma incrível capacidade de continuidade no topo, logo se tem a visão de um perfil vencedor no comando (são exemplos: a nossa seleção de vôlei com o Bernardinho, a Malwee com o Ferretti no futsal, o Barcelona de Guardiola no futebol). Fomentar o compromisso em um grupo é a peça chave no processo. Arsene Wenger, treinador do Arsenal, diz o seguinte: "O treinador deve se comportar como um esportista de elite. Deve estar em forma, não beber nem fumar, nem sair a noite. Senão, é muito difícil conseguir que os jogadores tenham os mesmo comportamentos". Ora, esse depoimento do, consagrado, treinador londrino evidencia que a maneira de ser do líder é pautada pelo exemplo. Ele deve ser o primeiro a chegar e o último a partir, o compromisso deve ser o sobrenome do líder, de tal forma que seja conhecido pelo prazer escancarado na rotina cumprida em seu local de trabalho. Ferran Soriano (diretor do Barcelona) diz que o compromisso é autêntico e sua origem está no interior da pessoa, porém, estimulado e agrupado na equipe gera grandes resultados. Há motivação maior do que o líder ser o mais motivado e comprometido?
               Além de compromisso é função do líder formar a equipe, descobrindo as características individuais de cada integrante. Descobrir líderes, estimular o debate e a liberdade de opinião. Delegar funções e enfatizar o respeito a ação individual dentro daquilo que é proposto. No que tange ao dia-a-dia, a motivação do grupo de trabalho tem de ser abordada, estimular a competitividade, tirar da homeostase, fazer dos desafios uma constante. Todas essas funções devem ser precedidas de muita firmeza. Em depoimento Deco (2005) conta que o Barcelona só venceu o certame de 2004/2005 graças a um encontro onde o treinador Rijkaard era o mediador do debate e todos os atletas falavam sobre seus anseios e suas incertezas. O comandante tem que possuir flexibilidade. Ele deve ser maleável as características do grupo, do clube e do local onde trabalha. Em um de meus estágios na equipe Malwee em Jaraguá do Sul verifiquei a forma que o professor Ferretti estimulava e "criava" líderes, os jogadores Chico e Xande eram estimulados a dialogar com todos os estagiários sobre a estrutura de defesa e as variações da equipe, eles se sentiam a vontade, inclusive, para questionar determinada maneira de jogar. Dando sequência, um líder deve ter a sensibilidade de mudar sua decisão e sua atitude para o bem comum. Ter entendimento de que "o seu agir" tem como mola mestra a estrutura que o clube o oferece e que o seu papel determinante é gerir os recursos dentro do que é justo. Em tempo, as considerações descritas acima não questionam e nem citam perfis de líderes, as características citadas são gerais e devem ser comuns a todos os perfis independente do estilo de cada comandante.
               Diante disso, percebemos a importância de um líder coeso com os objetivos da equipe e clube. A forma de agir do treinador vai dizer muito sobre sua equipe, vai nortear a rotina e vai estimular o compromisso. Seu papel deve ter como busca a excelência, as expectativas devem girar em torno de competitividade ao máximo, em determinação e compromisso. Seus critérios devem ser justos e em consonância com os do grupo e do clube. É preciso pensar nessas possibilidades e dialogar sobre a nossa maneira diante de nossas equipes. Questionar nosso papel como líderes e estimular um constante debate interno.

               Muito obrigado pelos acessos.... DEUS abençoe a todos....

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Coletivo x “Jogo Tático”

             Paulinho Gambier é um treinador de futsal brasileiro com passagens por equipes como Unisul/Tubarão e Krona/Joinville além de equipes do exterior. Atualmente no Al Salmyia do Kuwait onde sagrou-se campeão da liga 2011/2012. No texto abaixo, ele expressa as dúvidas, as incertezas e as inseguranças às quais somos, invariavelmente, acometidos ao longo da nossa trajetória no comando de equipes de futsal. Uma leitura que nos coloca a par     daquilo que passamos e, nem sempre, imaginamos que passem os grandes treinadores. Por fim, ele destaca a importância de se acreditar em sua abordagem metodológica e na manutenção de procedimentos. Em tempo, obrigado por sua colaboração professor.

        Muito se comenta sobre os jogos didáticos para os treinamentos e cada dia mais, treinadores aplicam esse método. Porém não é tão simples assim, já que o mais importante não é aplicar os jogos e sim fazer com que o atleta entenda o porquê de cada jogo, os objetivos a serem atingidos, tanto táticos quanto técnicos. Podemos aplicar o mesmo jogo didático em duas equipes diferentes. O objetivo será atingido, dependendo da mensagem e das correções feitas por cada treinador.
             Por ter trabalhado em colégios, que tinham como linha didática o construtivismo, tenho aplicado esse método por mais de 20 anos em equipes brasileiras e há quase 15 anos, não faço uma sessão de treinamento só com coletivo. Utilizo no máximo 15 minutos e mesmo assim cobrando alguma parte tática, o que chamo de coletivo direcionado, onde induzo uma defesa ou um ataque para cada equipe executar.
       Iniciei aplicando nas categorias de base e posteriormente nas adultas. Tenho comprovado ao longo deste tempo resultados positivos, com uma resposta muito rápida no aprendizado técnico e tático, além de deixar o treinamento mais motivado, onde aplico vários jogos diferentes dentre eles, com o mesmo objetivo, porém com estratégias diferentes, assim criando um ambiente lúdico, potencializando a criatividade dos atletas que se mostra tão importante no jogo de futsal.
              Esta pequena introdução serve para ilustrar minha experiência aqui no Kuwait, onde o desafio de aplicar esse método seria muito grande, como foi em algumas equipes no Brasil, onde no início se tinha a cultura do coletivo e por aqui não foi diferente, ainda somado com a barreira da língua muito diferente.
              Na primeira semana de treinamentos já fui introduzindo alguns jogos para trabalhar os fundamentos, como: passe, linha de passe, finalizações, marcação, fugidas, etc. Estava à vontade e como já era habituado a fazer no Brasil, fui fazendo, até que um dia, próximo a um jogo amistoso que foi marcado, devido a proximidade do inicio do campeonato, veio o questionamento que eu estava esperando sobre o coletivo, para preparar a equipe para o jogo. Foi nesse momento que com toda dificuldade da língua, já que meu inglês é de colégio, precisei dar minha mensagem, explicando o porquê daquele tipo de treino e da não utilização de coletivos. Precisei ter o bom senso de saber que não poderia mudar tudo de uma hora para outra, que faria alguns coletivos. Fui para o hotel com uma dúvida na cabeça: se iria conseguir aplicar o método que eu mais acreditava
          Minhas dúvidas acabaram no dia seguinte. Quando iria começar o treinamento, dois atletas, com certa ascensão no grupo, me chamaram e pediram para que eu continuasse aplicando os jogos, que não precisava fazer coletivo e fiquei muito feliz em saber que a mensagem foi entendida e o grupo comprou a idéia do treinamento.
             Estou aqui na minha segunda temporada e ainda não apliquei nenhum coletivo. Nunca mais fui questionado, meus atletas entenderam que os jogos são coletivos com objetivos a serem atingidos em cada sessão de treinos.
          Esta experiência me fez acreditar ainda mais nesse ambiente lúdico que os jogos táticos proporcionam, desafiando não só os atletas em atingir os objetivos propostos, mas também aos treinadores, tendo que criar novos jogos para desenvolver os fundamentos técnicos e táticos, melhorando a estrutura tática de sua equipe, conforme sua ideologia própria para o jogo de futsal.

Escrito pelo Técnico Paulinho Gambier   

Assessor: Thiago Aguiar

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Futsal, Fut 7, Futebol de Areia, Showbol e Futebol

               
             Nos últimos anos temos presenciado um aumento no número de modalidades próximas ao futsal e ao futebol, vemos o showbol, futebol de areia e também o Futebol 7. Similares ao futebol apenas na questão de ser um jogo de confronto entre duas equipes com os mesmos pressupostos quando se ataca e defende; as características de cada esporte os tornam marcantes e apaixonantes, haja vista o quanto cresceu na questão de aproximação e interesse do público. Entre si, os demais "primos pobres" do futebol são bem mais próximos. O tamanho do terreno de jogo, relação espaço e tempo, número de jogadores, substituições, arbitragens, regras, proximidade da torcida, etc são características que os aproximam. No que tange a prática, os primos pobres do futebol se espelham, ainda, no rico, comendo as migalhas que restam se submetendo as sandices da tia FIFA. Isso se deve ao fato do advento gerado a partir da chancela da FIFA nas organizações de competições internacionais.
               Nos últimos anos, estamos acompanhando, com grande destaque, os campeonatos de fut 7 e showbol em várias redes de televisão fechada. Essa massificação dos primos do futebol vive uma ótica muito particular. Diferentemente do futsal e do futebol de areia que já possuem uma identidade própria, sem precisar se aproprias das migalhas do "primo rico" o fut 7 e o showbol ainda não se encontraram enquanto esportes. No caso do fut 7 acho que ele nem precisaria se apropriar de ex atletas de futsal e nem futebol, pela prática em massa no nosso país acho que tem condições de seguir com suas próprias pernas - quero deixar claro que sempre tem lugar para a qualidade, vinda ela do futebol ou do futsal e de qualquer faixa etária. Já o showbol é outra história, acho que se enquadraria como um peladão formal para veteranos, ex atletas e a baba dos demais, não creio que tenha força para uma massificação. Entretanto, acho de fundamental importância que ele seja reconhecido para valorizar quem já fez a história dos clubes e, as vezes, necessita trabalhar com aquilo que mais gosta.
               Ao comentar a iniciação esportiva, seria interessantíssimo uma união entre todos os esportes. Na Europa, pelo tamanho do campo e quadra, vários clubes e federações se utilizam do fut 7 e do futsal na iniciação, com o intuito de fomentar as equipes de futebol. 
             Por tudo isso, se evidencia um mercado de trabalho bastante amplo e diversificado com todos os primos, rico e pobres. Sendo fundamental assumir uma identidade enquanto esporte, se auto relacionar com os demais passando a ser peça chave na engrenagem esportiva de nosso país. Por fim, parabéns a todos os futebolistas, futsalonistas, futebolistas de 7 e peladeiros de showbol, sem vocês nossos "primos" não existiriam. 

               Um grande abraço a todos e que DEUS os abençoe...
           
         

terça-feira, 28 de agosto de 2012

A ruptura de paradigmas

           O trabalho com futsal, futebol e qualquer esporte coletivo de maneira geral nos coloca numa posição muito particular na sociedade. Entender os esportes como transformadores vai muito além da disciplina. Nessa perspectiva, podemos viajar por outras facetas de nossa sociedade.
               Ao longo dos anos de nossa alfabetização, quem iniciou em meados de 80 sabe bem do que estou falando, passou pela caligrafia, pelo aprendizado letra por letra, pela mecanização da língua. O pior, crianças eram "treinadas" a desenhar as letras sem ter o controle de sua motricidade fina, escrever sem a capacidade motora de controlar o gesto meticuloso de fazer a letra g, ou o w, f, enfim... Um pouco antes, década de 50, 60 talvez, crianças que nasciam sinistras (canhotas) eram "treinadas" a inibir uma característica inata a elas para se tornarem destras (direitas). Poderíamos dialogar um dia inteiro sobre as várias manifestações de "treinamento social" as quais fomos submetidos ao longo da história. Politicamente, sempre fomos instruídos a levar em conta as questões individuais e maniqueístas do mundo.
               Nos esportes vemos a mesma coisa e o que é pior, hoje em dia ainda é uma premissa. Estamos acostumados a ver escolinhas, clubes, universidades - isso mesmo, academia, pasmem - a tratar o esporte dessa maneira. Esse lamentável equívoco demonstra o perfil conservador, intransigente, autoritário e muito pouco inteligente de quem comanda. Revelar a faceta crítica de nossos alunos, atletas, evidencia nosso compromisso com uma sociedade mais justa e crítica, mais humana e justa.
               Mas como fazer? Em primeiro lugar... Para fazer diferente, é preciso muito desprendimento, desapego a ordem cartesiana. É necessário entender o mundo de maneira totalitária, respeitando as fases do desenvolvimento, as características, as peculiaridades de quem transita pelos esportes. Em segundo lugar, é fundamental que se mantenha a essência daquilo que se acredita. Jamais fuja do modelo principal. Em terceiro lugar, faça disso uma filosofia de vida, aplique em teu dia-a-dia, se assuma de forma total, o velho chavão "profissionalmente é uma coisa, pessoalmente é outra" deixa de existir. Tu és único e quem está contigo também. Com essas questões em nossa cabeça, mudamos o nosso ponto de vista, criamos um conceito novo acerca dos esporte e de seu desenvolvimento. Isso vale desde a iniciação ao alto rendimento, pois como falei anteriormente "somos únicos". Em tempo, sabedoria pra avaliarmos a melhor maneira faz-se essencial e, se quisermos criticidade, teremos que tê-la como base também.
               Por fim, reitero o compromisso do esporte com o mundo. Suas responsabilidades estão intrínsecas a prática e não são corretivos das mazelas sociais. Evidencie a crítica, traga ao imprevisto a aula, ao treino, traga a dúvida, eleve a discussão contigo mesmo e com os demais e tua aula-treino terá um rendimento satisfatório, além de uma qualidade notória do rendimento esportivo.
               Um abraço bem cinchado a todos e que DEUS ilumine a todos...