sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Uma grande final para uma grande liga


Ontem, em Joinville (SC), ocorreu o primeiro jogo da final da liga 2012. Um grande jogo. Há quem diga que um jogo deve ter muitos gols, lá e cá ,defesas monumentais e muita emoção. nem sempre. O jogo desta quinta-feira reuniu dois ótimos elencos, treinadores do mesmo nível, arbitragem sem aparecer e um grande público num centro de eventos que se equiparou com o alto nível do espetáculo. Enfim, tudo para que a o primeiro jogo da final tivesse que ser como fora.
Não tenho como objetivo comentar os jogos, afinal de contas não é minha função. Quero me deter a outros aspectos dos jogos. Percebo que a cada dia que passa os jogos ficam mais intensos, impressionante o nível de desempenho físico a que chegam os jogadores. Aqui vai uma crítica aos tradicionalistas que ainda acreditam num modelo de periodização baseado nos aspectos físicos. Sabendo como trabalha Fernando Ferretti posso afirmar que a base física a que chegam suas equipes em nada tem de modelo cartesiano, sua metodologia é baseada na complexidade, na estrutura tática, o elemento inteligente do jogo, reafirmo que as variáveis físicas vêm de arrasto, inseridos nos objetivos técnico-táticos a que são submetidos seus atletas em seus treinamentos. Por outro lado, pouco posso falar sobre o Cidão, treinador da Intelli. Em tempo, algo me diz que ele trabalha da mesma maneira que Ferretti, PC, Marquinhos Xavier, mas isso é somente suposição minha, baseado na qualidade de seus jogadores e no nível de compreensão que eles tem do jogo e do que ele pede.



No jogo de ontem, percebemos a importância do pivô de referência, Vander Carioca foi tão importante que jogou além do tempo imaginado pelo treinador. Pela Intelli, Guita manteve o nível de atuação, vem pegando muito e nada mais, Ciço esbanja categoria, um grande senso de posicionamento. Ah, aos menos avisados, as equipes do Ferretti marcam muito, o grande lance é que jamais abrem mão de jogarem pra frente. Com isso, correm mais riscos, neste jogo, pela ausência de Valdim e Pixote, a Krona se tornou um pouco menos ofensiva, por motivos óbvios. Na parte defensiva das equipes, estou vendo, cada vez mais, os times correndo pra trás, o retorno defensivo das equipes tem melhorado sensivelmente. Se nota a importância de marcar.  A exigência que antes era pautada em cobrança hoje assume um hábito comportamental, um conceito ligado e determinado pelo modelo de jogo que seguem os treinadores. O nível de concentração das duas equipes foi altíssimo, mesmo com o goleiro linha, a marcação da Intelli foi eficiente e, quando a Krona chegou, lá estava Guita. Por vezes , com o goleiro linha, a bola atravessou a meta paulista e os catarinenses não fizeram. Sorte ou azar? Duvido, isso não existe. 
Em tempo, uma vez o grande treinador PC comentou que um dos grandes jogos da sua Ulbra fora uma derrota contra a ACBF em 2003, pois perderam jogando. Pelo jogo de ontem, Ferretti deve ter afirmado o mesmo, mostrando que o próximo embate deverá ser um grande jogo, cheio de possibilidades, com alternância na posse de bola, sem um time exageradamente defensivo ou ofensivo, será um jogo onde as variações das formações decidirá. Se por um lado Leco, Neto, Júlio, Ricardinho e Gessé marcam, do outro Junai, Ciço e Marinho também. Vander, Leandrinho, Keké e Murilo e do outro Deives, Jé, Vinícius e Falcão respondem ofensivamente.
Podem apostar, teremos um jogo muito vertical, com os treinadores apostando muito no jogo direto, os pivôs se destacando e a torcida mineira da paulista Intelli de Orlândia na mesma pressão com fizaram os catarinenses de Joinville. Se bem que, como ocorrera em Santa Catarina, o nível de maturidade dos dois times não se deixará levar pela pressão da torcida. Fica a dica, ESPN, segunda-feira as 19.00 (que horário e que dia para uma final), façam suas apostas... Eu já fiz!!!

Um grande abraço a todos e que DEUS os abençoe....

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