segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Mais que esporte


Briga de gigantes, batalha de egos, duelo de vaidades... Qualquer nome pode se encaixar nessa história de Manoel Tobias e Falcão. Ontem, no esporte espetacular, tudo isso teve um fim. Pouco me interessa o porquê disso tudo, o que realmente tem valor é que os nossos maiores jogadores deram um importante passo, onde os maiores vencedores foram eles mesmos, suas famílias, amigos, companheiros e o futsal. Parabéns pela atitude Falcão e Manoel. Vocês passaram por cima do orgulho e isso demonstra humildade, respeito e companheirismo...

             

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Lembranças

Nos últimos anos tive o prazer de ministrar as disciplinas de futsal e futebol na UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná) em Curitiba. Passaram por minhas aulas vários alunos, acadêmicos do curso de Educação Física, gurias, guris, amantes do futsal e futebol, simpatizantes e aqueles que desconhecem os esportes, até aí, nada de incomum. Num determinado semestre, organizamos uma viagem até Jaraguá do Sul (SC) pra vermos a Taça Brasil. Lá fomos nós, ao final de tudo pedi um relato de experiência da disciplina. Transcrevo, novamente (já havia publicado esse texto), um desses relatos que massageiam o ego, nos enchendo de orgulho... 

Nesse semestre, dentro da disciplina de futsal, tivemos a oportunidade de conhecer uma forma diferente de trabalhar o esporte. Diferentemente das outras disciplinas que tivemos até agora na faculdade, o futsal foi à única que conseguiu despertar interesse em todos os alunos e fez com que todos conseguissem, ao mínimo, jogar. Isso só foi possível devido à metodologia de trabalho utilizada pelo professor. Em outras disciplinas dentro do curso, sempre trabalhamos os esportes através dos métodos parciais, com pouca parte das aulas se destinando ao jogo propriamente dito. Mas, com o futsal foi diferente. Através dos jogos condicionados utilizados e criados pelo professor, conseguimos conhecer uma forma de dar aula que motiva muito mais os alunos, causa muito mais interesse e inclui todos os alunos na participação das atividades. Isso sem nunca fugir da parte teórica. Dentro dessa metodologia, tive a oportunidade de participar dos treinos da equipe de futsal. Essa experiência foi muito interessante, pois consegui comparar a metodologia de trabalho utilizada com os níveis de exigência diferenciados. Portanto, através desse método, que pode ser utilizado desde iniciação até no alto nível, a única alteração significativa é o nível de exigência dentro das atividades. Ainda dentro da disciplina, tivemos a oportunidade de comparar as diferenças existentes entre um jogo profissional e um amador. Tanto durante o jogo amador quanto durante o jogo profissional fiquei responsável por realizar uma análise que dizia como as equipes atacavam e defendiam, além de características dos jogadores e dos goleiros. Tanto no jogo amador quanto no profissional, senti muita dificuldade em realizar essas análises. Isso para mim só ressaltou o trabalho da comissão técnica existido na maioria das equipes grandes. A análise é difícil, mas muito importante, com ela podemos verificar todos os pontos negativos e positivos da equipe adversária.

Em relação às diferenças entre os jogos profissionais e amadores, a diferença é gritante. Para mim, o jogo amador se mostrou muito mais corrido e menos técnico. A situação de um contra um também é bem mais evidenciada no jogo amador, principalmente pela recomposição defensiva ser bem menos eficiente do que no jogo profissional. No jogo profissional a posse de bola é mais valorizada e as situações de um contra um são mais raras. As equipes trabalham muito mais a bola antes de buscarem uma situação de gol. Para mim essas foram às principais diferenças observadas.
Por último, tive a oportunidade de participar como árbitro de um jogo da equipe feminina de futsal. Achei a experiência muito interessante e pretendo buscar cursos nessa área para ter a oportunidade de apitar outros jogos.
Por fim, acho que por tudo isso que já foi citado anteriormente, a disciplina conseguiu proporcionar experiências novas e despertou em mim uma nova forma de ver o futsal. Acho que seria interessante esse mesmo método ser utilizado em outras disciplinas práticas, pois proporcionar esse tipo de experiência faz com que conheçamos melhor o esporte, até em seu mais alto nível.

Por João Guilherme Lopes Martins

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Super Herói. Da telinha ao futsal

O desajeitado Chapolim colorado

Quando criança, víamos o homem aranha, super homem, he man, batman, entre outros tantos e ficávamos brincando com os nossos sonhos, desejando seus poderes, suas forças, até certo ponto suas prepotências. Sempre fã do Chapolim Colorado, nunca o considerei "super". Atrapalhado, desajeitado, fraco e medroso, quem quer um herói assim??? Depois de um tempo a gente cresce, amadurece, passa a questionar velhos conceitos, inclusive os de heróis, as velhas armas já não encantam mais. É preciso muito mais do que heróis criados, é preciso mais do que músculos, super poderes. Percebemos que eles não existem. Afinal de contas, não há existência sem amor, sem coração. Quando sentimos que toda força do mundo é inútil diante de um coração apaixonado, vemos o quão fraco eles se tornam.

Por sua vez, o grande Roberto Gómez Bolaños deu vida a um herói presente em cada um de nós. Todos os "defeitos" do besouro Chapolim são tão pequenos diante de sua maior arma: o bom coração. Ele consegue fazer de sua única arma a sua grande virtude. Ele derrota bandidos como Tripa Seca, Poucas Trancas e Quase Nada sem ter as vezes um plano inteligente para superá-los, ao coração, todo o mérito. Desmerecido até mesmo por quem pede sua ajuda, ele dá mostras do seu potencial. Está presente em todos os lugares, conquista por sua simpatia, simplicidade e desejo que as coisas dêem certo. Ali, em cada peleia ele deposita tudo o que tem e no final sempre consegue. Esse sim é um verdadeiro herói. Pra mim, o Chapolim traduz aquilo que mais vale na vida: o bom coração, ele é o retrato fiel do ser humano. Os outros heróis, me parecem extras terrestres, mais nada.




Assim como na telinha, no futsal vemos muitos desses heróis. Guerreiros, valentes que entregam seus corações a essa causa esportiva. Temos muitos desses, quero falar sobre um em especial: Ricardo Westphal. De Castro (PR), 27 anos, treinador de futsal. Meu parceiro Caidão nasceu com distrofia muscular ( uma doença progressiva de caráter hereditário, sua principal característica é a degeneração da membrana que envolve a célula muscular, é um termo amplo usado para designar um grupo de doenças genéticas que afetam os músculos causando fraqueza, dependendo do tipo de distrofia, afeta grupos de músculos diferentes e tem velocidade de degeneração variável) e sua paixão pelo futsal não foi abalada por sua condição inata. Atualmente, ele é treinador de futsal de várias equipes de futsal de sua cidade. Seu time principal disputa a chave bronze do futsal paranaense e se chama Nano Futsal (leva esse nome em homenagem ao seu irmão, já falecido pela mesma doença).
Me emociono ao falar dele, ele é um exemplo de que as condições não são capazes de mudar sua atitude, seu coração. Seus temores, seus segredos, inseguranças, nada mais do que características comuns a todos os seres humanos não são impedimentos para suas ações. Sua atitude é seu maior aval. Tenho muito orgulho de ver o quanto ele faz pelo futsal e o futsal faz por ele. Tenho prazer em dizer que ele e o Chapolim são meus heróis favoritos. Eles não deixam que as condições mudem suas atitudes.

Por fim, um versículo bíblico que define bem tudo isso: foi assim para que se manifestem nele as obras de DEUS (João 9,3).

Caido perfilado com seu time

Intelli épica...



Impressionante, espetacular. Vocês podem achar outros adjetivos para a final e eu assinarei embaixo. Jogo que se apostava no equilíbrio, o primeiro tempo foi um massacre catarinense, a defesa quadrante encaixada, velocidade no contra-ataque e a impaciência paulista foram determinantes para o placar. Intelli 0 x 4 Krona. Gols de Ricardinho (2), Café e Leco.
O segundo tempo fora paulista em seus primeiros minutos. Algo ocorreu dentro do vestiário da Intelli que devolveu o futsal esquecido no primeiro tempo. Não acho que ouve algum tipo de acomodação por parte da Krona, conhecedores da equipe adversária, duvido muito que eles agiriam com tal prepotência. Enfim, os 3 gols em poucos minutos foram determinantes para uma partida épica na sequência. Falcão achou dois passes sensacionais que Jé concluiu. Logo depois, num contra-ataque ele marcou e o jogo acirrou novamente. A Krona teve a chance de marcar, continuou defendendo bem e contara-atacando. No entanto, a quase 2 minutos do fim, com a Intelli com o linha goleiro, outra vez Falcão achou Vinicius que empatou a partida: 4x4. Título para a Intelli, muito mais do que merecido pelo investimento, pela cidade que incorporou o futsal a sua vida, ao patrocinador e ao elenco.


A Krona, cabe o lamento momentâneo da derrota, afinal de contas quem quer ganhar sempre se entristece com a derrota. No entanto, há uma certeza: o dever cumprido. Sobrou virtude, garra, determinação, coragem, disposição. Aos paulistas, os louros de um título muito justo, épico e com o tempero da união. Enfim, dois jogaços que encerraram essa grande liga da maneira que ela merece. Faço agora minha seleção da liga 2012. Lembrando a todos que aqui temos muita gente capaz de fazer parte do selecionado.

Goleiro: Guita (Intelli)                    
Beque: Rodrigo (ACBF)
Ala esquerda: Falcão (Intelli)
Ala direita: Simi (Corinthians)
Pivô: Vander Carioca (Joinville)
Técnico: Cidão (Intelli)

Abraço a todos e que DEUS os abençoe...