terça-feira, 26 de abril de 2011

RAIO X DO FUTSAL, POR KEBER RANGEL

Raio x 8
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Por fim, será que teremos kleber Rangel em Joinville hein...
Grande abraço a todos e fiquem com DEUS...

terça-feira, 19 de abril de 2011

Futsal Cabofriense

Rebel, o penúltimo em pé, e seu time no jogo contra o Casa de España/Botafogo

Direto de Cabo Frio (RJ) recebo notícias da equipe dirigida por meu amigo Flávio Rebel. Disputando o carioca de futsal adulto, seu time - ADDP (Associação Desportiva Drogaria do Povo) - jogou fora de casa e derrotou o Casa de España/Botafogo pelo placar de 4x2. Foi a primeira vitória do time do Rebel na competição que passou a ocupar a sétima colocação no campeonato. Vale destacar que meu parceiro Rebel é um desses loucos pelo futsal, um lutador que faz muito pra que sua equipe continue no estadual do RJ. Um grande cara, um amigo que a bola pesada me trouxe. Rebel, tens minha torcida e minha admiração. Que DEUS te dê muita força na sequência. Abraço...

A delícia do medo


Se há uma sensação que consome o homem, aniquila-o, vai devorando-o aos poucos, é o medo. O medo acompanha o homem desde o seu nascimento e só desaparece com a morte. Quando experimenta o medo real, o homem passa a enfrentar outra tragédia: o medo imaginário, o medo sem razão de ser, sem aparente causa concreta, que se transforma em devoradora doença mental, marcada pelas atrozes e assustadoras fobias. Alguém que já tenha alguma vez na vida experimentado a sensação da fome, nunca mais se livrará dela: pelo medo de que por alguma forma aquele fato se repita.

A pessoa que tem medo exacerbado sofre mil vezes antes que a circunstância temida se verifique. É possível que nunca aquela ameaça se concretize, no entanto quem tem medo de que ela venha a ocorrer vê-se consumido pelo terror, embora realmente muitas vezes não tenha sequer corrido o menor risco material de vir a ser atingido pelo mal imaginário. Estranha pois que esse inimigo maior da mente e do equilíbrio humano seja tão almejado pelas pessoas que vão ao cinema ou se fixam na televisão para assistir a filmes de terror. Isso só pode ser explicado pela lei filosófica que estabelece ser o medo o módulo principal do instinto de sobrevivência dos homens e dos animais. Segundo essa lei, sem o medo o homem não sobreviveria, ele se tornaria facilmente vulnerável a todas as adversidades.

Agora mesmo estão sendo lançados filmes de terror que prometem levar multidões ao cinema. Afinal, que motivo arrasta as pessoas ao cinema para experimentarem essa sensação tão sofrida e indesejável que é o medo? Há quem não perca filme de terror. Esses espectadores sentem-se tomados pelo mesmo medo apavorante que domina os personagens ameaçados no filme. Sofrem gratuitamente com o horror sentido pelas vítimas escolhidas pelo autor da história, pagam ingresso para sofrer. Só pode haver delícia nesse sentimento masoquista.

Tenho que atribuir a um fator psíquico essa obstinação das pessoas em procurar o medo: de alguma forma a pessoa se deixa mergulhar em tal terror, que, passada a cena horrorizante ou o filme inteiro, o espectador se dá conta de que nada aconteceu com ele, que os perigos configurados por sua mente não redundaram em qualquer dano a si, o que lhe causa um grande alívio. E essa sensação de ter-se preservado íntegro depois de correr tantos perigos é profundamente deliciosa, um verdadeiro orgasmo cataclísmico. Ou seja, as pessoas que são viciadas em filmes de terror acabam atraídas para o cinema ou televisão pelo prazer sadomasoquista de que, mesmo sentindo um medo gélido e arrepiante, que se abate logicamente também sobre os personagens da ficção, safam-se ao fim das cenas, ou do filme, de todos os riscos e perigos por que passaram ao investirem-se no papel das vítimas da história a que estão assistindo, festejando íntima e efusivamente, ao irem embora para casa, que nada lhes aconteceu, ao contrário dos que tombaram durante o decorrer da película. O fato gritante é que o homem detesta o medo, mas paradoxalmente o procura, parecendo não poder viver sem ele.

É o caso dos esportes radicais: que impulso ou sentimento leva as pessoas, por exemplo, a deixarem-se amarrar num pé a uma corda elástica de 70 metros de altura e lançarem-se num abismo? É verdade que sentemse seguras de que não vão se despedaçar no solo, no entanto o medo devastador que sentem no percurso não é presumivelmente suficiente para recompensar-lhes o golpe terrificante que sofrem até que a corda se estique. O mesmo com os pára-quedistas, com os domadores de feras, com os pilotos de corridas, eles sentem um prazer carnal, uma euforia hedônica ao arriscarem suas vidas.

Não resta dúvida de que estranha e exoticamente o homem busca o medo como forma inseparável de continuar existindo, ou seja, como simplesmente viver já se constitui num risco, não correr risco é morrer. Não fosse assim e desde o início da humanidade quatrilhões de pessoas não teriam se atirado obstinada, obsessiva, fatal e inevitavelmente ao trágico ou arriscado desatino do casamento.

Por Paulo SantAna

http://wp.clicrbs.com.br/paulosantana/2011/04/19/a-delicia-do-medo/?topo=13,1,1,,,2

Catando com paixão

Em todos os lugares é muito comum nos depararmos com pessoas apaixonadas, normalmente elas nos inspiram, nos motivam, nos cativam. Em se tratando de esporte fica ainda mais palpável a paixão no fazer, estar fazendo. O boxeador George Foreman, o ciclista Lance Armstrong, o nossos maiores ídolos Ayrton Senna da Silva e Pelé demonstravam isso em cada minuto, em cada segundo de suas performances. Além deles, músicos, atores e uma infinidade de ícones demonstram suas paixões. Particularmente, gosto muito do "cozinheiro" Jamie Oliver. Esse cara é inspirador, transpira emoção, todos que o assistem se imaginam cozinheiro, tamanha é sua paixão em cortar, assar, fritar, enfim, cozinhar. Ao assisti-lo, tenho certeza, muita gente pensa "nossa, como é fácil" e quando pensam assim acho que ele cumpre seu objetivo que é demonstrar o quanto é importante colocar amor no que fazemos. Entretanto, esses exemplos parecem distantes de nossa realidade, por isso cito o exemplo materno, carinho, amor, carinho, amor, carinho e amor pelos simples fato de ser mãe. Acho que dimensionar a paixão de ser mãe é inconcebível. Podemos tentar imaginar a imensidão da paixão em cada ato, em cada gesto, em cada momento, porém, jamais mensurar. Nos últimos dias, tive a oportunidade de ver a peça teatral "Catadoras de Si", onde minha colega e amiga Daniela Kuhn (Professora de Educação Física da UTFPR) era diretora. O espetáculo retrata a vida daquelas que vivem do lixo, da reciclagem. Estrelado pelas meninas Valleska e minha aluna da disciplina de FUTSAL Luiza, o evento deixou atônitos os presentes, era possível sentir a respiração delas, os olhos do público se voltaram para as gurias na mesma intensidade dos gestos de catar a si mesmas. Por um instante imaginamos ser dançarinos em cima do palco, buscamos um pedaço de papel, uma lata qualquer do cenário pra catarmos a nós mesmos. As gurias não só cataram a elas mesmas como mexeram com nossa emoção, nosso arrepio, encanto e desejo. Seus olhos encenavam a realidade, suas lágrimas catavam a esperança perdida por entre os restos de papel. Singelas como se podia imaginar, elas foram além, tocaram nos porões dos corações mais frios, mostraram a realidade que teimamos negar. Com virtuosismo, elegância e muita paixão elas me levaram junto, a mim e outros tantos, fomos catadores por um segundo, tudo graças a paixão vinda de dentro delas. Por isso, vejo que paixão é mais do que realização profissional, é muito mais do que bens materias, financeiros. Ela é o elo de ligação entre o que sou, o que faço, o que quero e o que os outros esperam e querem de mim. Por fim, deixemos que a paixão, o brilho no olhar seja nosso maior patrimônio, que o prazer no que fazemos seja inspirador, motivador. Sejamos apaixonados e apaixonantes. Fiquem com DEUS...

quinta-feira, 14 de abril de 2011

O professor segundo Jô Soares

É jovem, não tem experiência.
É velho, está superado.
Não tem automóvel, é um pobre coitado.
Tem automóvel, chora de "barriga cheia".
Fala em voz alta, vive gritando.
Fala em tom normal, ninguém escuta.
Não falta ao colégio, é um "Adesivo".
Precisa faltar, é um "turista".
Conversa com os outros professores, está "malhando" nos alunos.
Não conversa, é um desligado.
Dá muita matéria, não tem dó do aluno.
Dá pouca matéria, não prepara os alunos.
Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Não brinca com a turma, é um chato.
Chama a atenção, é um grosso.
Não chama a atenção, não se sabe impor.
A prova é longa, não dá tempo.
A prova é curta, tira as hipóteses do aluno.
Escreve muito, não explica.
Explica muito, o caderno não tem nada.
Fala correctamente, ninguém entende.
Fala a "língua" do aluno, não tem vocabulário.
Exige, é rude.
Elogia, é debochado.
O aluno é retido, é perseguição.
O aluno é aprovado, deitou "água-benta".
É! O professor está sempre errado, mas, se conseguiu ler até aqui, agradeça a ele.



Sem mais... Um grande abraço a todos, especialmente aos nobres colegas professores.
Fiquem com DEUS...

sábado, 9 de abril de 2011

Futsal e Inclusão Social


Viajando pela internet, descobri mais uma do futsal. Do blog http://cliqueesporte.blogspot.com/ vem o relato de uma bela iniciativa de inclusão social tendo a bola pesada como coadjuvante. Transcrevo, abaixo, a história:


" A equipe da Unipa (União Independente de Pais e Amigos), que neste ano disputará o Paranaense de Futsal, Chave Prata, fez uma contratação inustitada para o estadual. Trata-se do ala/fixo Adriano Velensuelo, ex-detendo da Penitenciário Estadual de Foz do Iguaçu. O jogador foi destaque durante um campeonato interno, sendo o artilheiro da competição. O desempenho de Adriano chamou a atenção dos direigentes da Unipa que resolveram contar com o atleta para a disputa do Campeonato Paranaense. Belo exemplo da equipe iguaçuense: Em uma época em que muito se fala de reabilitação e reintegração das pessoas que passam pelo regime carcerário do Brasil, poucos são aqueles que efetivamente dão chances a estes indivíduos que, sem opção no mercado de trabalho, acabam voltando ao mundo do crime e, consequentemente, retornando às cadeias e presídios superlotados. Parabéns à Unipa".

Um abraço a todos e fiquem na paz de DEUS...

sexta-feira, 8 de abril de 2011

II COPA FAE


Começa amanhã, em Curitiba, no Colégio Bom Jesus, FAE Faculdades, a Segunda Edição da Copa FAE. Reunindo 6 das grande universidades da capital paranaense: UTFPR, UFPR, PUC, FACEL,FAE e UNICURITIBA, elas trarão aos amantes do futsal uma brilhante oportunidade de ver como anda o esporte universitário em Curitiba. Durando aproximadamente 2 meses, o campeonato tem a obrigação de repetir o bom desempenho do ano passado. Quando tivemos a Universidade Dom Bosco sagrando-se campeã ao bater a UFPR na final. Por tudo isso, esperamos que o sucesso do evento se repita novamente. Trazendo a comunidade acadêmica em geral um referencial em se tratando de competições universitárias na capital e, quem sabe mais adiante, no estado do Paraná. Abaixo a tabela da competição.


Abaixo um vídeo da decisão de 2010 Um abraço a todos e fiquem na paz de DEUS...

Raio X do Futsal, por Kléber Rangel

domingo, 3 de abril de 2011

FUTSAL VERANENSE

AAV e seu estilizado símbolo, lembrando o maçônico

Nos últimos dias, buscando informações sobre o futsal por todo o Brasil, uma baita notícia. O retorno da Associação Atlética Veranópolis ao futsal gaucho. Com um ginásio de liga nacional, um povo apaixonado pelo esporte da bola pesada e um bom referencial em formação de atletas era inconcebível não termos a terra da longevidade nas competições do futsal gaucho.
Sob o comando de Flávio Barcellos, a equipe deve contar com atletas da própria cidade. O projeto comandado por Zairo Gilioli, tem na formação de atletas o maior atrativo, entretanto havia uma lacuna enorme entre essa formação e o aproveitamento dos mesmos, pois havendo somente o VEC (futebol de campo) muitos guris ficavam sem a devida oportunidade nas quadras. No entanto, com o retorno das atividades na categoria adulta, todo o pessoal criado nas quadras do Farinão agora vislumbram a possibilidade de estarem na peleia do futsal gaucho representando a terra da femaçã.
Esperamos que o projeto tenha continuidade e a sequência apresente bons talentos ao esporte da bola pesada, torcemos pra que a cidade compre a idéia da mesma forma que o futebol de campo e empresas como Dal Ponte continuem dando suporte, fundamental na continuidade dos planos veranenses. Em tempo, sabedor que sou, a imprensa veranense fará uma bela cobertura da equipe, fato comprovado com a participação em edições anteriores da Taça RBS de Futsal.
Sucesso ao Flávio, ao Preto, meu irmão Willian Berti e demais jogadores, apoiadores, torcida e povo veranense...
Um abraço a todos e fiquem com DEUS...

BIGODE

Homenageado pelo Inter em evento do consulado de Palmeira das Missões (RS)

Direto de Palmeira das Missões (RS), o amigo Carlos Romano, meu ex atleta sub 17 em 2004 envia uma entrevista feita com o grande amigo Osmar Machado, simplesmente BIGODE. Um cara espetacular, ajudou muito quando estivemos lado a lado. Com sua humildade, carisma e irreverência cativou a todos. Suas histórias diminuiam o tempo das viagens e sua presença inspirava confiança. Enfim, um bom papo sempre e, agora, uma boa entrevista feita pelo Carlinhos...

PERFIL:
Nome: Osmar Machado (Bigode)
Nascimento: 04/04/47
Natural: Rosário do Sul e cidadão honorário de Palmeira das Missões
Residente: Palmeira das Missões
Profissão: Massagista
Histórico de Equipes
• Esporte Clube Cruzeiro de Porto Alegre – 70 e 71
• Sport Club Internacional – 72 a 92
• Al Nasser – (Riad/Arábia Saudita) – 92 (onde trabalhou com Claudio Duarte e Ernesto Guedes)
• Taquariense – 94
• PALMEIRENSE (Palmeira das Missões/RS) – setembro de 94 – outubro de 2000
• Venanópolis – Outubro de 2000 – junho 2001
• Raid – (Bureida/Arábia Saudita) – Junho de 2001 - 2003
• E.C. OURO VERDE FUTSAL (Palmeira das Missões/RS) – 2003 - 2004
• Centenário - 2006

Títulos Conquistados e Homenagens
• 1972 – Campeão Gaucho – (Sport Club Internacional)
• 1973 – Campeão Gaúcho – (Sport Club Internacional)
• 1974 – Campeão Gaúcho – (Sport Club Internacional)
• 1975 – Campeão Gaúcho – (Sport Club Internacional)
• 1975 – Campeão Brasileiro – (Sport Club Internacional)
• 1976 – Campeão Gaúcho – (Sport Club Internacional)
• 1976 – Bicampeão Brasileiro – (Sport Club Internacional)
• 1978 – Campeão Gaúcho – (Sport Club Internacional)
• 1978 – Campeão do Torneio Viña del Mar - (Sport Club Internacional)
• 1979 – Tricampeão Brasileiro - (Sport Club Internacional)
• 1981 – Campeão Gaúcho – (Sport Club Internacional)
• 1982 – Campeão Gaúcho – (Sport Club Internacional)
• 1983 – Campeão da Copa Joan Gamper, em Barcelona/Espanha – (Sport Club Internacional)
• 1983 – Campeão do Torneio Costa do Sol, em Málaga/Espanha – (Sport Club Internacional)
• 1983 – Campeão do Torneio Costa do Pacífico, Canadá – (Sport Club Internacional)
• 1984 – Campeão Gaúcho – (Sport Club Internacional)
• 1984 – Campeão da Copa Kirin, Toquio/Japão – (Sport Club Internacional)
• 1984 – Campeão do Torneio Heleno Nunes – (Sport Club Internacional)
• 1987 – Campeão do 1º Torneio Internacional de Glasgow/Escócia – (Sport Club Internacional)
• 1987 – Campeão do Torneio da Cidade de Vigo – (Sport Club Internacional)
• 1989 – Campeão do Torneio de Celta/Espanha – (Sport Club Internacional)
• 1991 – Campeão Gaúcho – (Sport Club Internacional)
• 1991 – Campeão da Copa do Estado – (Sport Club Internacional)
• 1992 - Campeão da Arábia Saudita, (Al Nasser)
• 1999 - Campeão da Segunda Divisão do Campeonato Gaúcho (Esporte Clube Palmeirense)
• 2001 – Campeão da Segunda Divisão da Arábia Saudita - (Raid/Bureida)
• 2003 - Campeão da Serie Prata Futsal - (Ouro Verde Futsal)
• 2009 - Um dos 5 ex-funcionários homenageados pelo Internacional na festa do seu centenário

Alguns técnicos com quem trabalhou
• Abel Braga;
• Cláudio Duarte;
• Dino Sani;
• Ênio Andrade; ( o melhor técnico com o qual trabalhou, pela sua inteligência tática no futebol.)
• Ernesto Guedes;
• Rubens Minelli.

Alguns Jogadores com quem trabalhou
• Paulo Cesar Carpegiani;
• Paulo Roberto Falcão;
• Dom Elias Figueroa;
• Manga;
• Dario (Dada Maravilha);
• Pontes
• Entre outros grandes jogadores

Melhor Time:
“O melhor time que tive o prazer de trabalhar foi o internacional de 1975, o que aquele time jogava não era brincadeira, com Manga, Falcão, Carpegiani, Valdomiro, e Dom Elias Figueroa fazendo o gol iluminado no Estádio da Beira Rio, sobre a forte equipe do Cruzeiro que também contava com uma excelente plantel, onde podemos citar alguns jogadores exuberantes, como Raul Plasmann, Nelinho, Palhinha e Joãozinho”.

Algumas histórias dos seus quase 40 anos de profissão:
“No ano de 1992, quando fazendo parte da comissão técnica do Claudio Duarte, fomos contratados para trabalhar no Al Nasser, equipe mais tradicional da Arábia Saudita, tive a oportunidade de conhecer uma outra realidade, totalmente diferente daquela na qual vivia no Brasil, pois já ao chegar em Riad Capital da Arábia Saudita, fomos obrigados e deixar nossos passaportes com os príncipes, e recebemos uma identidade árabe para poder nos locomover dentro dos seus domínios, porém não tínhamos a menor chance de sair para fora do País sem a autorização do príncipe. Com a impossibilidade de sair, a falta de cinemas, teatros, ou algo que pudesse representar alguma diversão e entretenimento, nos restava somente trabalhar e nos dias de folga, que lá é na sexta feira, descansar, porém mesmo o trabalho era supervisionado pelo príncipe e seus “funcionários”, pois os treinos eram observados, e em véspera de jogo o treinador era chamado de lado e quem escalava o time era o príncipe, mudando completamente o esquema de jogo treinado pelo técnico (no caso o Claudio Duarte) durante a semana, pois para o príncipe o futebol se baseava no ataque, deixando de lado esquemas mais defensivos, ou mais equilibrados, como queria implantar o Claudião, o que acabou fazendo com que o treinador se desentendesse e fosse mandado embora, com apenas 3 meses de contrato cumprido, porem o príncipe não me liberou, tive que permanecer até o fim do contrato”.
“Um fato muito engraçado, era que quando o príncipe pedia a indicação de algum jogador brasileiro para reforçar sua equipe, ele sempre perguntava se o referido jogador, era igual ou melhor que o Zico ou o Pelé, pois eram as referências do futebol brasileiro, ai a gente tentava explicar, para ele que os jogadores, não tinham o mesmo nível do Zico e muito menos do Pelé, mas que eram bons jogadores e que poderiam ajudar a equipe no campeonato.”
“Outra questão que gerava desentendimentos com o príncipe, era a questão salarial, pois ele não era muito acostumado a pagar em dia, e quando íamos reclamar, ele nos dizia, dinheiro pra que, vocês não tem onde gastar, ganham comida, transporte, moradia e não vão sair tão cedo daqui” ai até explicar pra ele que nós tínhamos família no Brasil e necessitávamos dos rendimentos, era uma briga”.
“A segunda vez que voltei para a Arábia desta vez, integrando a comissão técnica do China, ex-jogador do Grêmio de Football Porto Alegrense, onde fomos treinar um time da cidade de Bureida, o Raid/Bureida, da segunda divisão, conquistamos o titulo e subimos para a primeira divisão. Esta segunda passagem pela Arábia foi mais tranqüila, pois já conhecia os costumes e o sistema dos príncipes”

Como palmeirense como é estar presente nas duas maiores conquistas do Futebol de Campo e de Salão de Palmeira das Missões?
“Eu tive a felicidade de participar das duas maiores conquista do futebol de Palmeira das Missões, para mim que sou um cidadão honorário e tenho família aqui em Palmeira, é muito gratificante, pois mostra que o trabalho quando é bem realizado gera resultados, lembro com carinho dos anos que estive a trabalho representando as equipes do Palmeirense e do Ouro Verde e sinceramente espero que o futebol de Palmeira volte a ser o que já foi um dia e que encontre mais incentivos para poder nos dar as mesmas alegrias que tivemos no passado”.

O que aconselha aos jovens que tem o objetivo de se tornar profissionais do esporte?
“Aos jovens que pretendem seguir na carreira esportiva, eu aconselho que eles tenham a consciência de que para ser um atleta precisa-se de disciplina e determinação, porque o esporte assim como a sociedade tem regras e elas precisam ser respeitadas, cuidando dos vícios como a droga que é o principal mal encontrado hoje para nossos jovens, não esquecendo também da alimentação, que é muito importante para o desenvolvimento e para a saúde. E uma coisa que eu gostaria de salientar é que nada vem de graça, mas sim do trabalho e que querer é poder”

Como vê o Esporte em Palmeira das Missões (dificuldades, incentivos)?
“Como já falei, falta incentivo ao esporte de Palmeira das Missões, não só no que diz respeito ao nível profissional mas principalmente na base, pois o esporte é importante não só na formação de atletas, mas na formação de cidadãos, pois quanto maior for o incentivo ao esporte, menor serão os gastos com retirada dos jovens das drogas e da rua, nosso município também está carente de lugares adequados para a prática de esporte e apoio do poder público“