sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Leitura Obrigatória


Ao longo do tempo, o avanço dos estudos, a periodização, a construção de um planejamento passou a fazer parte do dia-a-dia de qualquer profissional que atua nos esportes. Planificar nossas ações visando uma ou mais competições, estipulando objetivos para o ciclo em questão deixou de ser o diferencial. A organização tem que ser considerada como premissa básica de um trabalho que busque o êxito e a eficiência, do contrário, mais um atenuante para o fracasso.
Partindo desse ponto de vista o professor Marcos Xavier de Andrade, o Marquinhos, joinvilense treinador da Copagril-Cândido Rondon, escreveu seu primeiro livro. Em sua obra, um planificação do trabalho por ele desenvolvido. A maneira que ele refere-se as referências literárias demonstra sua preocupação com as bases científicas do esporte. Além disso, ele menciona tópicos de administração, algo fundamental se imaginarmos que somos comandantes, também. A riqueza de detalhes que o professor Marquinhos demonstra as atividades, os recursos visuais dispostos pleo livro, são outros ítens que elevam o nível da obra.
Entretanto, a melhor parte do livro ficou pro final. Os jogos pré-desportivos mencionados dão subsídios práticos aos professores de Educação Física. Criam suportes a outros jogos que venham formalizar. A diversidades de jogos encontrada no livro exemplifica como é o lado prático do professor Marcos. Em tempo, a relação entre teoria e prática se faz presente em quase todoo livro.
Por fim, acredito que a obra do Marquinhos veio num momento certo e, a partir daí, incentivar os nossos maiores treinadores a aderirem a idéias como essa. O futsal necessita dos mais velhos, precisa aprender com suas histórias. Proporcionar atitudes desse tipo aumentará certamente o nível de estudos, de científicidade do esporte da bola pesada. Ainda, o Futsal somos nós que fazemos e o professor Marquinhos consegue fazê-lo com início, meio e finalidade... Um abraço a todos e fiquem na paz de DEUS...


quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

NEM TÃO CRAQUES, MAS TÃO CRAQUES...


Por todos os lados do Brasil, em todos os locais que conheço e ouvi falar de futsal há os comentários clássicos: "o fulano é gênio, o cicrano não jogou porque faltou um empresário, o mané bebia demais e não aguentou a rotina, aquele outro ficou pelo caminho porque os pais não deixaram" enfim, tenho certeza que essas frases já ecoram nos ouvidos de todos os amantes do esporte da bola pesada.
Nos campinhos da vida, na várzea, nos ginásios, nas praças, com as condições adversas e das mais diversas, um time sem camisa outro com camisa, ta feita a pelada, a baba. Bastava uma bola, alguns gurizinhos e a diversão rolava solta. As palavras que vem a mente me remetem a um passado nem tão longínquo, a infância que vivi no meu RS foi a mesma que viveram muitos de vocês, leitores futsalonistas. As peripécias que fazíamos pra jogar bola eram inigualáveis, a criatividade não tinha limites, aos domingos de manhã, jogo no campinho da rua, dois bairros, um contra o outro, valendo um litro de refrigerante, sem árbitro (na pelada o acordo de cavalheiros não permite que sejamos subjugados e doutrinados por algum detentor de tais direitos), durante a diversão comemorávamos o gol como se fôssemos os craques. O mais engraçado eram os comentários, rolavam por dias, nos faziam sonhar, imaginar que seríamos Zico, Falcão, Ronaldo, Romário, Gamarra, no futsal: Danilo, Waguinho, Choco, Serginho, Vander, Morruga, Ortiz, Fininho, Douglas, ufa, tantos...
Por onde o futsal me levou ouvi histórias divertidíssimas que se assemelham ao que dividi com vocês, conheci craques da bola que fizeram a história do esporte ser mais bela e próxima a vida do brasileiro. Da minha infância meu irmão Jéferson ou Pelé, Negão, foi um desses que imaginei por tempos como um cara desses não se tornou profissional, ainda de Palmeira Lerinho, o Ricardo, guri habilidoso, inteligente demais com a bola nos pés. Noutras cidades lembro de alguns nomes: Mauro, Cesinha e Leco de Campos Novos. Zaquel, Dunga e Marcelo Paulista de São João Batista, Guilherme de Santa Maria, um grande goleiro pra esse time: João Maria de Canoinhas, "o melhor goleiro de futsal de SC" segundo Alcione Machado. Enfim, há um sem número de craques que foram mas se não se tornaram craques da bola. Viveram e sonharam, se divertiram e ainda carregam em seus fenótipos o peso da bola de futsal.
Não consigo imaginar como seria o futebol e o futsal sem esses craques. Profesores, jornalistas, vendedores, médicos, muitas profissões, em todas elas um espaço nos fins de semana pro campeonato do clube ou pra pelada no meio da semana. Hoje não há mais campinhos, mas da-se um jeito. O que não tem jeito é ficar sem a bola, sem o futebol, o futsal. Ele faz parte da vida dos craques da vida, não só do imaginário, mas do numerário ao final do mês, de nada adianta a esposa nos obrigar a abrir mão do dinheiro da pelada, do tênis, da chuteira, do calção, camiseta ou colete. A pelada é o momento que vivemos o sonho de infância, e o sonho é o alimento da alma...
Por fim, agradeço ao amigo Betinho de Palmeira, cheirava a gol, pela idéia de homenagear os craques da nossa infância. Aos amigos leitores um pedido: postem histórias das peladas das vidas de vocês, vamos recordar gols, momentos, histórias engraçadas, tudo o que pudermos dividir pra enriquecer ainda mais nossas imaginações. Obrigado a todos e fiquem com DEUS...

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

FUTSAL FEMININO


Nos últimos anos, o futsal feminino tornou-se uma afirmação. As diversas competições existentes em todas as regiões do Brasil, o êxodo de nossas maiores jogadoras ao exterior, a participação das "guriazinhas" nas escolinhas, são alguns dos os inúmeros motivos que contribuem pra que isso ocorra. Além disso, os olhos da CBFS se voltam às gurias. O gesto de designar um treinador do nível histórico e profissional de Vander Iacovino pra comandar nossas meninas demonstra um grande respeito ao futsal feminino.
Neste mês, na cidade espanhola de Alcobendas, o Brasil conquistou o 1 Torneio Mundial de Futsal Feminino. Considerada por muitos a 4 força mundial da modalidade nossas garotas superaram as principais concorrentes com a campanha de 4 vitórias e 1 empate, 37 gols a favor e 3 contra. Convém salientar que a parte que coube a Vander é apenas a final de um trabalho que vem sendo feito pelos treinadores e treinadoras nos clubes pelo Brasil afora. Nomes como Eder Popiolski e Munir Saygli dos catarinenses UnoChapecó/NTozzo/Female e Kindermann/Caçador, respectivamente, ou ainda a minha orientadora Vanda Sanches da paranaense Sercomtel/Londrina desenvolvem o futsal feminino a vários anos, com resultados expressivos ao longo dos tempos. No que tange a parte de quadra, certeza de bom trabalho, fora dela a incerteza: a luta por patrocinadores e investidores, nada além daquela realidade que já conhecemos.
Por tudo isso, agradecemos a todas as futsalonistas, a todos os professores, professoras, investidores, apoiadores e amantes do futsal pelos resultados alcançados. A certeza de nosso trabalho vem com convicção, perserverança, determinação e, tenho certeza disso, todos os envolvidos tem de sobra todas os adjetivos citados. Que 2011 seja tão vitorioso e proveitoso ao futsal feminino brasileiro como foi 2010. Um grande abraço a todos e fiquem com DEUS.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Futsal Catarinense


Nos últimos anos, a Malwee Futsal redirecionou os flash do futsal. Se analisarmos que, ULBRA, ACBF, Inter e Enxuta do Rio Grande do Sul foram importantes referências da bola pesada na década de 90, esse quadro se inverteu. Enquanto o futsal gaucho e outros continuaram com uma enorme lacuna entre as categorias de base e a categoria adulta, os catarinenses inverteram esse processo. De sul a norte, leste a oeste, a esmagadora maioria das cidades possui, no mínimo, uma equipe de competição em nível estadual. As prefeituras assumem um importante papel nesse contexto. São Educadores Físicos a serviço do futsal. Além do apoio municipal, o poder público estadual tem influência direta nisso tudo. Se pensarmos que além das diversas categorias com competições com a chancela da FCFS (Federação Catarinense de Futsal) há ainda, JESC (Jogos Escolares) OLESC (Olimpíadas Estudantis de Santa Catarina) Joguinhos Abertos e Jogos Abertos, um prato cheio de esportes e o futsal incluso no cardápio, apoiados e geridos pela FESPORTE (Fundação Catarinense de Esporte), órgão do governo estadual.
Todo esse trabalho desenvolvido ocasiona o que a gente tem no futsal atual. Leco, Carlinhos, Junai, Chico, Darlan, Seco, Japonês e por aí afora são alguns dos muitos nomes revelados pelo "futsal catarina". Atletas esses que tiveram a grande orientação e aprendizado com alguns nomes de Santa Catarina como Maneca, Renato, Paulinho Cardoso, Pipoca, entre outros.
Portanto, fica aqui os parabéns ao grande trabalho desenvolvido ao longo dos anos por todas as cidades catarinenses, por todos os futsalonistas e admiradores do esporte da bola pesada. Aos demais, um importante exemplo a ser seguido independente do nível, do tamanho do investimento, enfim, vale aqui o desenvolvimento do futsal. Um grande abraço a todos e fiquem na paz do senhor JESUS CRISTO...

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Relato de Experiência


Por João Guilherme Lopes Martins
Aluno da disciplina de Futsal do curso de Educação Física da UTFPR


Nesse semestre, dentro da disciplina de futsal, tivemos a oportunidade de conhecer uma forma diferente de trabalhar o esporte. Diferentemente das outras disciplinas que tivemos até agora na faculdade, o futsal foi à única que conseguiu despertar interesse em todos os alunos e fez com que todos conseguissem, ao mínimo, jogar. Isso só foi possível devido à metodologia de trabalho utilizada pelo professor. Em outras disciplinas dentro do curso, sempre trabalhamos os esportes através dos métodos parciais, com pouca parte das aulas se destinando ao jogo propriamente dito. Mas, com o futsal foi diferente. Através dos jogos condicionados utilizados e criados pelo professor, conseguimos conhecer uma forma de dar aula que motiva muito mais os alunos, causa muito mais interesse e inclui todos os alunos na participação das atividades. Isso sem nunca fugir da parte teórica. Dentro dessa metodologia, tive a oportunidade de participar dos treinos da equipe de futsal. Essa experiência foi muito interessante, pois consegui comparar a metodologia de trabalho utilizada com os níveis de exigência diferenciados. Portanto, através desse método, que pode ser utilizado desde iniciação até no alto nível, a única alteração significativa é o nível de exigência dentro das atividades. Ainda dentro da disciplina, tivemos a oportunidade de comparar as diferenças existentes entre um jogo profissional e um amador. Tanto durante o jogo amador quanto durante o jogo profissional fiquei responsável por realizar uma análise que dizia como as equipes atacavam e defendiam, além de características dos jogadores e dos goleiros. Tanto no jogo amador quanto no profissional, senti muita dificuldade em realizar essas análises. Isso para mim só ressaltou o trabalho da comissão técnica existido na maioria das equipes grandes. A análise é difícil, mas muito importante, com ela podemos verificar todos os pontos negativos e positivos da equipe adversária.
Em relação às diferenças entre os jogos profissionais e amadores, a diferença é gritante. Para mim, o jogo amador se mostrou muito mais corrido e menos técnico. A situação de um contra um também é bem mais evidenciada no jogo amador, principalmente pela recomposição defensiva ser bem menos eficiente do que no jogo profissional. No jogo profissional a posse de bola é mais valorizada e as situações de um contra um são mais raras. As equipes trabalham muito mais a bola antes de buscarem uma situação de gol. Para mim essas foram às principais diferenças observadas.
Por último, tive a oportunidade de participar como árbitro de um jogo da equipe feminina de futsal. Achei a experiência muito interessante e pretendo buscar cursos nessa área para ter a oportunidade de apitar outros jogos.
Por fim, acho que por tudo isso que já foi citado anteriormente, a disciplina conseguiu proporcionar experiências novas e despertou em mim uma nova forma de ver o futsal. Acho que seria interessante esse mesmo método ser utilizado em outras disciplinas práticas, pois proporcionar esse tipo de experiência faz com que conheçamos melhor o esporte, até em seu mais alto nível.


terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Novidades

Atenção leitores do blog: a partir de agora postaremos uma entrevista mensal com um futsalonista que esteja atuando dentro ou fora do BRASIL. Aguardem.

Aceitamos sugestões.

Definições e situações cognitivas da lógica interna do futsal

Ataque, Defesa e Contra-ataque

JOGO DE ATAQUE

Valdericeda apud voser (2001) define ataque como a ação que tem o gol na goleira contrária como objetivo. Saad & Costa (2001) definem movimentações ofensivas como ações individuais ou coletivas dos jogadores para chegar ao gol adversário. Mutti (2003) diz que os atacantes devem buscar os espaços livres para receber a bola em boas condições. Moreira & Tavares (2004) definem ataque posicional como “jogo do espaço reduzido”. Os mesmos ainda apontam o ataque rápido como uma união entre o jogo de espaço reduzido e de grande espaço, surgido logo após um contra-ataque sem êxito, resultando num ataque posicional quando da mudança de ritmo. .

Santana (2004) aponta que no futsal são 5 os momentos do ataque no futsal:

1) No arremesso de meta do goleiro,

2) Sob linhas de marcação 1 e 2,

3) Linha 3,

4) Linha 4,

5) Bolas paradas, de canto ou lateral.

Para Ferretti, o jogo de ataque se orienta pelas ações defensivas do adversário. O autor define em 3 os tempos do ataque:

1) Padrões de jogo ou Padrões Táticos de Ataque;

2) Quebras de marcação ou Quebras de Padrão ;

3) Movimentações ou Jogadas Ensaiadas;

Segundo Santana (2006), 5 situações são essenciais ao ataque:

1) Criar linha de passe (movimentação);

2) Entrar na bola, sem pisar nela, para não equilibrar a defesa;

3) Vias de acesso ao jogo de qualidade (aproximação, diagonal e paralela);

4) Passe de profundidade (passe), obriga a defesa a retornar;

5) Bola de espaço (passe) e finalização.

JOGO DE DEFESA

Ao conceituar jogo de defesa, faz-se necessário definir Marcação. Entende-se a marcação como um fundamento técnico do jogo. Segundo Voser (2004) marcação é a ação que impede que o adversário receba a bola e ou progrida pela quadra. Tenroller (s\n) reafirma dizendo que ela busca evitar o recebimento da bola pelo adversário. Para Mussalém(1978) apud Voser (2001) marcação é a maneira de se colocar na quadra de modo a impedir a progressão do adversário. Já Lucena (2001) diz que a marcação é o principal elemento de defesa em função das constantes movimentações de ataque do oponente.

Santana (2001) diz que marcar significa impedir o êxito do oponente. Saad & Costa (2001) definem movimentações defensivas como ações que visam impedir a ofensividade da equipe adversária. Para Mutti (2003) manobra defensiva é a disposição dos jogadores na quadra para defender sua meta.

Segundo Santana (2004), a marcação coletiva é a maneira de os joadores da equipe ocuparem qualitativamente os espaços da quadra e de onde se pensa marcar. Ainda o autor definindo os sistemas defensivos em composição entre os tipos de marcação e as linhas defensivas.

Zilles (1987) apud voser (2001) definem os tipos de marcação em individual, zona e mista. Para Santana (2004) são 4 as linhas defensivas:

Linha 1: próximo a meta adversária

Linha 2: um pouco mais afastado, entre o meio da quadra e a meta adversária

Linha 3: No centro da quadra

Linha 4: Atrás da linha intermediária da quadra, próximo ao tiro dos 10 metros.

Para Ferretti (2005), defender é desarme, acompanhamento, equilíbrio e retomada de equilíbrio. Por sua vez, Santana (2006) observou algumas situações importantes para um bom funcionamento do jogo de defesa. Obstrução das linhas de passe, indução da ação do atacante, dobras, coberturas, linha da bola como referência de nossa ação defensiva, encaixe da marcação, temporização, trocas de marcação e retorno defesnsivo.

Segundo Santana (2006) desarme é a ação que busca retirar a bola do adversário. O mesmo Santana (2004) diz que eles impedem o jogo de ataque do adversário, iniciando contra-ataques, desgastando emocionalmente o adversário. Para Ferretti (2006), atualmente, os sistemas de defesa valorizam o desarme e o equilíbrio. Ele afirma que não há defesa que funcione bem sem o desarme. Voser (2001) diz tratar-se do principal elemento de defesa.

Pode-se afirmar que a aproximação, a abordagem, a antecipação e a cobertura são essencias para que ocorra o desarme. Situações cognitivas do jogo de defesa:

1) Obstrução de linha de passe

2) Indução da ação do atacante

3) Dobra

4) Cobertura

5) Linha da bola

6) Encaixe da marcação

7) Temporização

8) Retorno da marcação

CONTRA-ATAQUE

Para Voser (2001) “O contra-ataque é um elemento técnico-tático ofensivo que consiste na saída rápida da defesa ao ataque, com a finalidade de surpreender o adversário”. Com velocidade permite a vantagem numérica. Segundo Saad & Costa (2001) é o prêmio para uma boa defesa e, executá-lo de forma errada dá ao adversário a oportunidade de realizar um contra-ataque ainda mais perigoso.

Santana (2006) diz que o contra-ataque pode ser visto como jogo de transição, pois trata-se da passagem de um campo para o outro, ou seja, da defesa ao ataque e também do ataque a defesa. Ele cita situações cognitivas para induzir o contra-ataque:

1) Aproximação sobre o jogador escolhido, pelo meio ou ala;

2) Marcação ativa sobre quem recebe a bola nas costas, na 1 ou 2 linha;

3) Dobras pelas alas (caixote);

4) Pressão na bola e dobra pelas alas

5) oferecer o corredor com dobras pelas alas

Por sua vez, é importante ressaltar algumas situações cognitivas para contra-atacar:

1) Velocidade e criatividade do condutor,

2) Procurar o centro da quadra,

3) Passe de precisão que vence o marcador,

4) Segunda opção de passe,

5) Atacar pansando em defender,

6) Goleiro jogar adiantado no apoio

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BALZANO, Otávio Nogueira. Metodologia do jogo condicionado para o desporto futsal. Artigo. Disponível em: <http://www.futsalbrasil.com.br/artigos/artigo.php.>. Acesso em 08 de maio de 2006.

BUENO, Ederson Lima Bueno. Treinamento técnico-tático e o estadual catarinense de futsal da equipe Copercampos\Campos Novos (SC). 2004 64f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Educação Física) – Centro de Educação Física e Desportos, UFSM. Santa Maria, RS, 2004.

FERRETTI, Fernando. Os sistemas defensivos – Uma visão atual. Texto Disponível em: <>. Acesso em 13 de março de 2007.

FERRETTI, Fernando. Aspectos avançados da preparação tática. Conteúdo Programático do Curso de Futsal da 19° JOPEF. Curitiba, 26 a 29 de maio de 2005.

FERRETTIFUTSAL: Padrões Táticos de Ataque. Produção de fernando Ferretti. Jaraguá do Sul: PROJECT MULTIMÍDIA, outubro de 2002. 1 fita de vídeo (20 minutos), VHS, son., color.

FONSECA, Gerard maurício Martins; SILVA, Marco Amâncio. Jogos de Futsal: da aprendizagem ao treinamento. Caxias do Sul, RS: EDUCS, 2002.

FUCKS, Luis Henrique B., Esporte Coletivo: Futsal. 2004 86f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Educação Física) – Centro de Educação Física e Desportos, UFSM. Santa Maria, RS, 2004.

LUCENA, Ricardo. Tópicos Avançados em Futsal l, Especialização em Futsal. Londrina: UNOPAR, 2006. 41 f. Notas de aula.

LUCENA, Ricardo. Futsal e a Iniciação. 5 ed. Rio de Janeiro, RJ: Sprint, 2001.

MOREIRA, Irineu; TAVARES Fernando. Configuração do processo ofensivo no jogo de andebol pela relação cooperação/oposição relativa à zona da bola. Estudo em equipas portuguesas de diferentes níveis competitivos. Artigo. Revista portuguesa de Ciências do Desporto, 2004, vol 4, nº 1 (29-38). Disponível em: //ww.fcdef.up.pt/rpcd/_arquivo/artigos_soltos/vol.4_nr.1/Ireneu_Moreira.pdf->. Acesso em 02 de março de 2007.

MUTTI, Daniel. Futsal: da iniciação ao alto nível. 2 ed. São Paulo, SP: Phorte, 2003.

SAAD, Michel. Futsal: sugestões para organizar sua equipe. Santa Maria, RS: UFSM, 1997.

SAAD, Michél Angillo; COSTA, Claiton Frazzon. Futsal: movimentações defensivas e ofensivas. Florianópolis, SC: Bookstore, 2001.

SANTANA, Wilton Carlos de. Futsal. Apontamentos pedagógicos na iniciação e na especialização. Campinas, SP: Autores Associados, 2004.

SANTANA, Wilton Carlos de. A equipe que desarma mais vence o jogo?. Texto Disponível em: <>. Acesso em 13 de março de 2007.

SANTANA, Wilton Carlos de. Contextualização Histórica do Futsal. Texto Disponível em: <http://www.pedagogiadofutsal.com.br/historia.asp.>. Acesso em 02 de março de 2007.

SANTANA, Wilton Carlos de. Futsal: Metodologia da participação. Londrina, PR: LIDO, 1996.

SANTANA, Wilton Carlos de. Pedagogia do Futsal l e ll, Especialização em Futsal. Londrina: UNOPAR, 2006. 30 f. Notas de aula.

TENROLLER, Carlos. Futsal: Ensino e Prática. Canoas, RS: ULBRA, s\n.

VOSER, Rogério da Cunha. Iniciação ao futsal, abordagem recreativa. Canoas, RS: ULBRA, 2004.

VOSER, Rogério da Cunha. Princípios técnicos e táticos. Rio de Janeiro, RJ: Sprint, 2001.

sábado, 4 de dezembro de 2010

A ESTABILIDADE DINÂMICA DURANTE A CORRIDA DE ATLETAS DE FUTSAL COM E SEM O USO DE BANDAGENS FUNCIONAIS

A ESTABILIDADE DINÂMICA DURANTE A CORRIDA DE ATLETAS DE FUTSAL COM E SEM O USO DE BANDAGENS FUNCIONAIS

Por: Rafael Marques Ferrer: Professor do Curso de Fisioterapia – ULBRA, Santa Maria, RS
Leonardo Alexandre Peyré-Tartaruga: Professor do Programa de Pós Graduação em Ciências do Movimento Humano – UFRGS, POA, RS
Gustavo Portella: Pesquisador Voluntário – UFCSPA, POA, RS
Adriana Moré Pacheco: Professora do Curso de Fisioterapia – UFRGS, POA, RS


1. INTRODUÇÃO

Uma das principais lesões no futsal é a entorse do tornozelo (KURATA et al, 2007) devido a grande exigência dos membros inferiores neste esporte que se caracteriza por movimentações com grande velocidade em determinados padrões de jogo, sistemas de ataque e em contra-ataques (CHAGAS et al., 2005). Para tal, um dos principais recursos fisioterapêuticos na reabilitação desta lesão é a bandagem funcional (DI STEFANO et al., 2008; PACHECO et al., 2007) utilizada como fator de proteção durante o tratamento, mas também como recurso de prevenção de novas lesões durante o retorno à prática desportiva. No entanto, muitos clubes ou equipes, por desconhecimento da comissão técnica ou por falta de recursos, optam por utilizar uma bandagem não funcional nestas situações, que possivelmente não obterá os efeitos da bandagem funcional, podendo inclusive causar danos a articulação do atleta.

2. OBJETIVO

Investigar se o uso de bandagem funcional em atletas de futsal altera a estabilidade dinâmica da corrida.

3. MATERIAL E MÉTODOS
A amostra foi constituída por dois atletas de futsal do sexo masculino: o atleta A com idade de 19 anos, massa de 69,1 kg, estatura de 181,5 cm e comprimento do membro inferior de 96 cm (distância entre o trocânter maior do fêmur e o solo, com o indivíduo na posição ereta e com o tênis usado durante a corrida em esteira); e o atleta B com idade de 23 anos, massa de 69,3 kg, estatura de 179 cm e comprimento do membro inferior de 92 cm.
Para realização da coleta foram utilizados os instrumentos do Laboratório de Pesquisa do Exercício (LAPEX) da UFRGS: uma câmera de vídeo com freqüência de 50 Hz (JVC GR-DVL 9800 – JVC Company of América, Wayne, New Jersey, USA), duas fitas mini-DVD, dois holofotes, um calibrador tridimensional Peak Performance (Peak Performance Technologies Inc), uma esteira rolante da marca Quinton (Seatle, USA) e um micro-computador.
Além disso, foram usados: ataduras de crepom cuja composição é de algodão, poliamida e poliéster, para a produção da bandagem não funcional, e esparadrapos compostos de algodão com resina acrílica para a produção da bandagem funcional, bem como um cronômetro, uma fita métrica, uma balança eletrônica e um estadiômetro para as medidas de massa, estatura e comprimento de membro inferior.
Os sujeitos foram informados do objetivo do estudo, dos riscos e eventuais desconfortos e assinaram um termo de consentimento, conforme normas do Comitê de Ética da UFRGS. O local da coleta dos dados foi o Laboratório de Pesquisa do Exercício (LAPEX) da ESEF da UFRGS. Os atletas estavam vestidos com roupas apropriadas para treino de futsal. Antes da realização da filmagem da corrida, foram feitas as medições da massa corporal, da estatura e do comprimento do membro inferior dominante de cada sujeito. Para a filmagem 2D, a câmera estava posicionada a 3 metros da esteira perpendicular ao plano sagital do atleta, a fim de analisar o lado dominante.
O protocolo foi constituído de um aquecimento na esteira por 5 minutos, para depois o atleta correr em uma velocidade auto-selecionável, que fique em torno de 10 km/h (velocidade usada na movimentação dos padrões de jogo do futsal) por 90 segundos, finalizando a uma corrida de 14 km/h por mais 90 segundos (velocidade usada nas saídas rápidas da defesa para o ataque). Esta atividade foi repetida com o atleta sem a bandagem, com uma bandagem não funcional e com uma bandagem funcional, tendo um intervalo de 5 minutos entre os testes. Admitiu-se que o início do ciclo da passada era determinado pelo primeiro toque do pé direito do atleta na esteira, e o fim do mesmo ciclo de passada, pelo próximo toque do mesmo pé. Foi calculado o coeficiente de variação do tempo de passada correspondente a nove ciclos de passadas consecutivos, em cada situação de bandagem e nas duas velocidades de corrida, escolhido através da análise do vídeo pelo software Dvideow 5.0.

4. RESULTADOS

Existem dois parâmetros cinemáticos da marcha capazes de serem relacionados à estabilidade dinâmica. Um deles relacionado a cinemática angular das articulações dos membros inferiores, e outro, que nos interessa neste momento, relacionado a cinemática linear que é a variabilidade do tempo de passada (VTP). Segundo os autores, uma baixa VTP reflete em uma marcha automatizada, controlada e segura, enquanto que uma alta
VTP é um indicador de uma marcha instável e com grandes riscos de quedas (BEAUCHET et al., 2007). Através dos gráficos é possível comparar o coeficiente de variação do tempo de passada entre as situações de bandagem e notar que seu valor é sempre maior na corrida com uma bandagem não funcional, ou seja, nessa situação o atleta tem menor estabilidade durante a sua locomoção, representando maior risco de desequilíbrios durante o deslocamento e, conseqüentemente, maior risco de lesão. Além disso, os resultados comprovam que a bandagem funcional promove a maior estabilidade, sendo interessante notar que na corrida em velocidade de 10 km/h e na corrida do atleta A na velocidade de 14 km/h o uso de bandagem funcional representa maior estabilidade inclusive em relação a corrida sem bandagem. Faz-se importante ressaltar que o aumento da velocidade da corrida, faz com que os valores do coeficiente de variação nas situações de bandagem também aumentem, representando um decréscimo da estabilidade dinâmica. Este comportamento é o inverso na corrida sem bandagem, onde o aumento da velocidade representa menor risco de instabilidade.

5. CONCLUSÃO

Comparando as situações de bandagens, os resultados evidenciam que o uso da bandagem funcional fornece maior estabilização durante a corrida, comprovando, dessa forma, sua função de prevenção contra lesões. Além disso, o acréscimo de velocidade aumenta os riscos de instabilidade quando o atleta utiliza alguma forma de bandagem e torna-os menores quando corre sem nenhuma bandagem. Estes resultados são indicadores da necessidade de estudos complementares sobre a locomoção de atletas com o uso de bandagens funcionais através de outras metodologias. As alterações no comprimento da passada sugerem que também haja alteração na velocidade e amplitude angular (PEYRÉ-TARTARUGA et al., 2002), bem como na coordenação inter-membros e intra-membros durante a corrida (STHEPENSON et al., 2008).


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BEAUCHET, Olivier; ALLALI, G.; BERRUT, G.; DUBOST, V. Is lower-limb kinematic variability alwaays na índex os stability? Gait and Posture. Amsterdam: Elsevier, 2007. 2p.
CHAGAS, Mauro Heleno; LEITE, Cláudio Manoel Ferreira; UGRINOWITSCH, Herbert; BENDA, Rodolfo Novellino; MENZEL, Hans-Joachim; SOUZA, Pablo Ramon Coelho; MOREIRA, Enderson Alves. Associação entre tempo de reação e de movimento em jogadores de futsal. Revista Brasileira de Educação Física e Esportes. São Paulo: USP, 2005. 7p.
DISTEFANO, Lindsay; PADUA, Darin; BROWN, Cathleen; GUSKIEWICZ, Kevin. Lower extremity kinematics and ground reaction forces after prophylactic lace-up ankle bracing. Journal of Athletic Training. Dallas: NATA, 2008. 8p.
KURATA, Daniele Mayumi; JUNIOR, Joaquim Martins; NOWOTNY, Jean Paulus. Incidência de Lesões em Atletas Praticantes de Futsal. Iniciação Científica. Maringá: CESUMAR, 2007. 7p.
PACHECO, Adriana Moré; PACHECO, Ivan; MEURER, Maurício Couto; SILVA, Marcelo Farias. Análise da influência da bandagem funcional de tornozelo no tempo de reação do fibular longo. Anais do XII Congresso Brasileiro de Biomecânica. São Paulo: TEC ART, 2007. 6p.
PEYRÉ-TARTARUGA, Leonardo Alexandre; LARRONDA, Ana Carolina; RIBAS, Leonardo; TARTARUGA, Marcus Peikriszwili; LOSS, Jefferson; KRUEL, Luiz Fernando. Kinematic analysis of middle distance runners during treadmill and deep water running. Anais do XX International Symposium on Biomechanics in Sports. Caceres: Facultad de Ciencias del Deporte, 2002. 4p.
STEPHENSON, Jennifer; LAMONTAGNE, Anouk; DE SERRES, Sophie. The coordination of upper and lower limb movements during gait in healthy and stroke individuals. Gait and Posture. Amsterdam: Elsevier, 2008. 6p.

Festivais de futsal, paixão e professorado

Ao chegar o fim do ano, todos os pensamentos repetem na cabeça: venham as férias. Trabalho, escola e tantas obrigações dão um tempero todo especial ao último mês do ano. Na nossa área não é diferente, todos anseiam pelas tão desejadas folgas. Nesses dias, ocorrem os tão famosos festivais de encerramento das escolinhas de futsal. Em todos os lugares que se pratica o futsal há algo parecido. São 20, 30, 60, 100, 160, 300, 500 crianças, não importa o número, vale mesmo a confraternização proporcionada pelo futsal. Alunos empolgados, suados, briguinhas, discussões, abraços, premiações, medalhas, quanta coisa. No entorno, pais, mães, amigos, refrigerante, pipoca, chocolate, o mate (chimarrão), cachorro quente, conversas: "gol do meu filho", "meu goleirinho é o melhor do mundo", "olha o futuro Falcão ali"... O professor apita, anota, premia, os pais ajudam a entregar as medalhas, os mais novos saem da quadra e jogam nas arquibancadas, ninguém se entende, o que se entende é que o FUTSAL está intimamente ligado a cada nuance.
A bola pesada rolando e todo mundo de olho nela. O dia passa, as horas voam, o professor responsável está cansado, mas continua empolgado, orgulhoso do seu papel. Durante a premiação, um brilho no olho da criança que recebeu a medalha em seu peito vai na direção do professor, cheio de satisfação. Naquele instante, ele entende o seu papel de professor, exemplo, de lider, espelho. Graças ao futsal e a Educação Física, ele é o responsável direto por tudo aquilo.
A tarde o festival chega ao fim, exausto, ele guarda as bolas, os coletes, não sobraram medalhas, sucesso total, somente uma cadeira na sala de bolas, ele senta orgulhoso, o cansaço é grande, não é maior que a paixão. Um pai vem a porta e diz: "professor, sou grato por tu levares o futsal pra dentro da minha casa, meu filho ama o esporte graças a ti, tu és um exemplo pra gente", sem palavras ele abraça o pai, agradece, era o alento que ele precisava pra encerrar o dia, ele não ganha medalha, seu prêmio é a palavra amiga, é o futsal.
Esse é o caminho que traçamos e na bagagem vai a bola pesada, no coração o futsal...
Um baita final de ano a todos, na paz de DEUS...

Seleção da Liga Futsal

Há poucos minutos saiu o resultado da escolha da seleção da liga futsal. Vários nomes, muitos votos, entre tantos tantos atletas, alguns felizardos:

Goleiro: Léo Oliveira - Copagril - Marechal Cândido Rondon (PR)
Beque: Renan - Copagril - Marechal Cândido Rondon (PR)
Ala Esq: Falcão - Malwee Futsal - Jaraguá do Sul (SC)
Ala Dir: Valdin - Malwee Futsal - Jaraguá do Sul (SC)
Pivô: Lenísio - Malwee Futsal - Jaraguá do Sul (SC)
Revelação: Gadeia - Copagril - Marechal Cândido Rondon (PR)
Melhor Jogador: Falcão - Malwee Futsal - Jaraguá do Sul (SC)
Técnico: Marquinhos Xavier - Copagril - Marechal Cândido Rondon (PR)

Os nomes eleitos chegaram a essa condição pelo belo ano que tiveram ao longo de 2010. De todos eles, um merece destaque. O professor Marquinhos Xavier, um estudioso do esporte, obstinado, detalhista, qualidades essas que evidenciam um perfil, traçam um estilo profissional. No Brasil temos grandes treinadores de futsal: PC, Ferretti, Vander, Mussalem, Zacoutegui e vários outros exemplos para tantos professores novos e, inclusive, o próprio Marquinhos. Como exemplo aos mais novos, ele da uma aula de humildade em seu livro dizendo: "essa obra é de todos". Tenho certeza que a nova geração de treinadores está orgulhosa de ver esse catarinense conquistar seu espaço, levando consigo aqueles que sonham e se imaginam no seu lugar...

Minhas felicitações professor Marquinhos... Um abraço e fica na paz de Jesus Cristo...

Esporte Universtiário

Nos últimos anos, ouviu-se muito falar sobre o possível apoio das universidades ao esporte, grandes instituições de ensino financiaram vários esportes, vejamos alguns exemplos: a vitoriosa ULBRA de Canoas (RS) no futsal, vôlei e futebol de campo e a UNISUL de Tubarão (SC) no futsal, destaque no vôlei até pouco tempo atrás; enfim, há um sem números de universidades que apoiaram ou apoiam o esporte de alto rendimento. Estamos presenciando uma realidade do esporte nem tão feliz, nos depararmos com o fim de grandes equipes desportivas e voltamos a velha questão: a participação das academias como principal fomentadoras do esporte é viável? Nem sempre. Depende dos objetivos que os envolvidos possuem. Imaginar que equipes de rendimento sejam atos filantrópicos é impossível. Porém, ações de parceria que fomentem a iniciativa universitária usando dos esportes como ponte para tal é viável.
Em tempo, a UTFPR de Curitiba, apoia a iniciativa esportiva, na instituição há equipes representativas em várias modalidades: futsal, basquete, handebol, natação, nado sincronizado, entre outras. Todos os alunos da universidade tem acesso as modalidades, não é possível a participação de atletas oriundos de fora da academia e os professores responsáveis pelas equipes são funcionários da instituição, respondendo por outras funções dentro do departamento de Educação Física. Essa situação é incomum e louvável. Temos certeza que uma universidade pública tem outros objetivos e outras fontes de arrecadação de tributos. O esporte, nesse caso, tem outros fins, participação e representatividade, incentivo a prática, integração, entre outras.
Aqueles que trabalham no esporte de alto nível podem imaginar um calendário anual com poucas competições e sem o mesmo apelo. Nem sempre. Vejamos o caso da insitituição citada e seu planejamento para 2011. Ao logo do ano, a UTFPR, especificamente o Futsal participará da várias campeonatos, como Metropolitano e Jogos Universitários, além de outras que deixarão o calendário repleto de competições. Convém salientar que, nenhum aluno é remunerado e os horários de treinamento, as vezes, coincidem com os horários das aulas. Em tempo, há um grande apoio da Educação Física e os laboratórios participam ativamente de todos os processos oferecendo, como estágio, um vasto campo de atuação aos alunos do curso.
Atitudes como essas, devem ser evidenciadas e louvadas ainda que, o nível de cobrança seja menor, proporcional ao investimento. Por fim, fica aqui um bom exemplo a ser seguido por outras instituições, independente do nível de competições que se busca. Mas que se aproveitem de todas as variáveis possíveis para o bem do esporte, da Educação Física, de todos...
Um grande abraço a todos, fiquem com DEUS

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Preparação Física

A Taça Brasil de Clubes que se realiza em Jaraguá do Sul (SC) tem mostrado um excelente trabalho daqueles que, nem sempre, tem seus nomes lembrados nos segmentos esportivos. Os profissionais de Educação Física responsáveis pela "correria" dos jogadores tem proporcionado condições pra que os treinadores consigam exigir de seus atletas o máximo de rendimento nos treinos e jogos durante o ano todo. Ao ver, em pleno mês de dezembro, Leco, Rafinha, Márcio, Gadeia e tantos outros mantendo, sempre, o mais alto nível de performance nas partidas sinto-me obrigado a mencionar que por trás de grande sistema cardiorespiratório de um atleta e das mais variadas metodologias dos treinadores há um coadjuvante primordial: o preparador físico. João Carlos Romano e tantos outros, parabéns pelo excelente trabalho realizado a sombra de suas equipes.
Um grande abraço a todos e fiquem na paz do senhor JESUS CRISTO...

Futsal

Por Marcel Simon

Sempre acreditei que para acontecer a tão sonhada profissionalização do futsal fosse necessário a integração dos grandes clubes de futebol!! Já tivemos casos de Napoli e Roma no futsal, mas com direções independentes. No Brasil tivemos também Internacional e Grêmio de Porto Alegre, como exemplos do futsal incentivados dentro da direção do campo, mas que infelizmente depois de alguns anos acabaram. Felizmente hoje, alguns dos grandes clubes brasileiros estão aderindo ao futsal, como é o caso do Corinthians, Santos e São Paulo. Espero que muitos outros abracem esta causa. Temos também o Barcelona investindo forte no futsal, atualmente ocupando o segundo lugar do Campeonato Espanhol, Division de Honor, atrás somente do Xacobeo 2010 Lobelle Santiago. Seria algo utópico ver times como a Internazionale di Milano, Milan, Real Madrid entre outros, investindo e acreditando no potencial do futsal. Se assim fosse, acredito eu, que o FUTSAL finalmente teria todas as chances de se tornar um esporte olímpico, tão sonhado por milhares de pessoas e apaixonados por este esporte espetacular e cativante.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

twitter

twitter.com/buenofutsal

Grandes futsalonistas

Nesses anos que estou no futsal conhcei grandes pessoas, ótimos valores, profissionais dedicados, respeitados, exemplos. Hoje, vejo a importância que esses amantes do esporte da bola pesada tem na história do futsal. Ao ver o fim da Malwee Futsal, a situação que isso proporciona a grandes profissionais como Kléber Rangel, Maurício Leandro e outros, relembro as pessoas com quem aprendi muito, troquei experiências, convivi e aprendi a admirar. Saúdo o pessoal que investiu mais do que seu amor, dedicação e profissionalismo. Enalteço alguns profissionais que emprestaram bens materiais ao futsal pelo simples desejo de ver um pouco de sua história contada dentro das quadras. São eles:
Leonardo Colvero de Santa Maria (RS),
Edelson Sezerotto e Carlão Fontoura de Palmeira das Missões (RS),
Tarzan de Chapada (RS),
Gobbi de Constantina (RS),
seu Coutinho de Campos Novos (SC),
meu grande amigo Gérson de Canoinhas (SC),
Nélson e seu Jânio do meu Inter de Lages (SC),
Laudir, seu Antero, Ronni Nicollodi e Serginho de São João Batista (SC)
e recentemente meu irmão Rodrigo Boby de Araucária (PR).

Todos esses, vivem com a mesma intensidade o futsal. Devemos repensá-lo para que essas pessoas não passem despercebidas, que continuem contando suas histórias no futsal e que, o esporte da bola pesada não seja, apenas, um sonho bom de se sonhar e difícil de realizar.

Um grande abraço, com muita gratidão, respeito e admiração. Fiquem com DEUS

Regras: conceitos inerentes aos jogos desportivos

Nos últimos anos, o futsal evoluiu em sua organização extra-quadra, seus métodos de treinamento, concepções, estratégias, etc. Resumindo: é uma constante o processo de crescimento do esporte da bola pesada. No que tange ao desenvolvimento das metodologias de treinamento, a utilização das formas centradas nos jogos situacionais ou condicionados tem sido empregada pelos maiores treinadores do futsal brasileiro e, diga-se, com extrema felicidade.

Para a aplicação dos jogos desportivos, uma premissa básica se segue: o uso de regras modificadas e próprias a cada jogo situacional. Se fizermos uma comparação com o dia-a-dia de qualquer cidadão nos deparamos com uma constante: as regras. É nesse momento que defino meu pensamento a cerca dos jogos condicionados. Precisamos transcender nossos objetivos para além quadra, fazer desses jogos meios para a transformação social. Ora, se dentro da quadra nossos atletas melhoram sua condição de jogo, tática individual, tomada de decisão, enfim, é muito fácil imaginar que os jogos façam com que os nossos alunos-atletas desenvolvam as mesmas capacidades para aquilo que imaginamos ser cidadãos. Ao mudarmos as regras do jogo, os objetivos de cada atividade lidamos com situações corriqueiras ao nosso cotidiano, limites sociais, características singulares a cada lugar, confrontos de pensamentos, opiniões, culturas e muitas outras variáveis sociais.

A imposição de regras remete a alunos-atletas-cidadãos limitados, presos, incapazes, aptos a uma revolta e quebra de ordem. O entendimento de regras proporciona aos mesmos condições para a tomada de decisão, capacidade de dicsernimento e opinião, quebra de conceitos, quando importante, enfim, capazes de exercer seu verdadeiro papel no jogo e na vida.

Por fim, o uso dos jogos nas escolas, nos bairros, nas escolinhas tem um papel extra-quadra que nem todos se dão conta, tem um componente social fundamental e cabe a nós professores de futsal enfatizar e exagerar desses objetivos para um melhor resultado dentro da quadra, na evolução de nossos alunos-atletas e e crescimento tanto e quanto de nossos cidadãos, criando, modificando e incorporando novos conceitos para o bem do jogo e da sociedade.

Um grande abraço e fiquem, todos, com DEUS...