sábado, 4 de dezembro de 2010

Festivais de futsal, paixão e professorado

Ao chegar o fim do ano, todos os pensamentos repetem na cabeça: venham as férias. Trabalho, escola e tantas obrigações dão um tempero todo especial ao último mês do ano. Na nossa área não é diferente, todos anseiam pelas tão desejadas folgas. Nesses dias, ocorrem os tão famosos festivais de encerramento das escolinhas de futsal. Em todos os lugares que se pratica o futsal há algo parecido. São 20, 30, 60, 100, 160, 300, 500 crianças, não importa o número, vale mesmo a confraternização proporcionada pelo futsal. Alunos empolgados, suados, briguinhas, discussões, abraços, premiações, medalhas, quanta coisa. No entorno, pais, mães, amigos, refrigerante, pipoca, chocolate, o mate (chimarrão), cachorro quente, conversas: "gol do meu filho", "meu goleirinho é o melhor do mundo", "olha o futuro Falcão ali"... O professor apita, anota, premia, os pais ajudam a entregar as medalhas, os mais novos saem da quadra e jogam nas arquibancadas, ninguém se entende, o que se entende é que o FUTSAL está intimamente ligado a cada nuance.
A bola pesada rolando e todo mundo de olho nela. O dia passa, as horas voam, o professor responsável está cansado, mas continua empolgado, orgulhoso do seu papel. Durante a premiação, um brilho no olho da criança que recebeu a medalha em seu peito vai na direção do professor, cheio de satisfação. Naquele instante, ele entende o seu papel de professor, exemplo, de lider, espelho. Graças ao futsal e a Educação Física, ele é o responsável direto por tudo aquilo.
A tarde o festival chega ao fim, exausto, ele guarda as bolas, os coletes, não sobraram medalhas, sucesso total, somente uma cadeira na sala de bolas, ele senta orgulhoso, o cansaço é grande, não é maior que a paixão. Um pai vem a porta e diz: "professor, sou grato por tu levares o futsal pra dentro da minha casa, meu filho ama o esporte graças a ti, tu és um exemplo pra gente", sem palavras ele abraça o pai, agradece, era o alento que ele precisava pra encerrar o dia, ele não ganha medalha, seu prêmio é a palavra amiga, é o futsal.
Esse é o caminho que traçamos e na bagagem vai a bola pesada, no coração o futsal...
Um baita final de ano a todos, na paz de DEUS...

Um comentário:

  1. Grande texto Eder!!!
    Soube exprimir através da escrita tudo aquilo que um professor apaixonado pelo que faz sente, ao findar mais um ano!!!!
    Parabéns irmão!!!!

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