terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Definições e situações cognitivas da lógica interna do futsal

Ataque, Defesa e Contra-ataque

JOGO DE ATAQUE

Valdericeda apud voser (2001) define ataque como a ação que tem o gol na goleira contrária como objetivo. Saad & Costa (2001) definem movimentações ofensivas como ações individuais ou coletivas dos jogadores para chegar ao gol adversário. Mutti (2003) diz que os atacantes devem buscar os espaços livres para receber a bola em boas condições. Moreira & Tavares (2004) definem ataque posicional como “jogo do espaço reduzido”. Os mesmos ainda apontam o ataque rápido como uma união entre o jogo de espaço reduzido e de grande espaço, surgido logo após um contra-ataque sem êxito, resultando num ataque posicional quando da mudança de ritmo. .

Santana (2004) aponta que no futsal são 5 os momentos do ataque no futsal:

1) No arremesso de meta do goleiro,

2) Sob linhas de marcação 1 e 2,

3) Linha 3,

4) Linha 4,

5) Bolas paradas, de canto ou lateral.

Para Ferretti, o jogo de ataque se orienta pelas ações defensivas do adversário. O autor define em 3 os tempos do ataque:

1) Padrões de jogo ou Padrões Táticos de Ataque;

2) Quebras de marcação ou Quebras de Padrão ;

3) Movimentações ou Jogadas Ensaiadas;

Segundo Santana (2006), 5 situações são essenciais ao ataque:

1) Criar linha de passe (movimentação);

2) Entrar na bola, sem pisar nela, para não equilibrar a defesa;

3) Vias de acesso ao jogo de qualidade (aproximação, diagonal e paralela);

4) Passe de profundidade (passe), obriga a defesa a retornar;

5) Bola de espaço (passe) e finalização.

JOGO DE DEFESA

Ao conceituar jogo de defesa, faz-se necessário definir Marcação. Entende-se a marcação como um fundamento técnico do jogo. Segundo Voser (2004) marcação é a ação que impede que o adversário receba a bola e ou progrida pela quadra. Tenroller (s\n) reafirma dizendo que ela busca evitar o recebimento da bola pelo adversário. Para Mussalém(1978) apud Voser (2001) marcação é a maneira de se colocar na quadra de modo a impedir a progressão do adversário. Já Lucena (2001) diz que a marcação é o principal elemento de defesa em função das constantes movimentações de ataque do oponente.

Santana (2001) diz que marcar significa impedir o êxito do oponente. Saad & Costa (2001) definem movimentações defensivas como ações que visam impedir a ofensividade da equipe adversária. Para Mutti (2003) manobra defensiva é a disposição dos jogadores na quadra para defender sua meta.

Segundo Santana (2004), a marcação coletiva é a maneira de os joadores da equipe ocuparem qualitativamente os espaços da quadra e de onde se pensa marcar. Ainda o autor definindo os sistemas defensivos em composição entre os tipos de marcação e as linhas defensivas.

Zilles (1987) apud voser (2001) definem os tipos de marcação em individual, zona e mista. Para Santana (2004) são 4 as linhas defensivas:

Linha 1: próximo a meta adversária

Linha 2: um pouco mais afastado, entre o meio da quadra e a meta adversária

Linha 3: No centro da quadra

Linha 4: Atrás da linha intermediária da quadra, próximo ao tiro dos 10 metros.

Para Ferretti (2005), defender é desarme, acompanhamento, equilíbrio e retomada de equilíbrio. Por sua vez, Santana (2006) observou algumas situações importantes para um bom funcionamento do jogo de defesa. Obstrução das linhas de passe, indução da ação do atacante, dobras, coberturas, linha da bola como referência de nossa ação defensiva, encaixe da marcação, temporização, trocas de marcação e retorno defesnsivo.

Segundo Santana (2006) desarme é a ação que busca retirar a bola do adversário. O mesmo Santana (2004) diz que eles impedem o jogo de ataque do adversário, iniciando contra-ataques, desgastando emocionalmente o adversário. Para Ferretti (2006), atualmente, os sistemas de defesa valorizam o desarme e o equilíbrio. Ele afirma que não há defesa que funcione bem sem o desarme. Voser (2001) diz tratar-se do principal elemento de defesa.

Pode-se afirmar que a aproximação, a abordagem, a antecipação e a cobertura são essencias para que ocorra o desarme. Situações cognitivas do jogo de defesa:

1) Obstrução de linha de passe

2) Indução da ação do atacante

3) Dobra

4) Cobertura

5) Linha da bola

6) Encaixe da marcação

7) Temporização

8) Retorno da marcação

CONTRA-ATAQUE

Para Voser (2001) “O contra-ataque é um elemento técnico-tático ofensivo que consiste na saída rápida da defesa ao ataque, com a finalidade de surpreender o adversário”. Com velocidade permite a vantagem numérica. Segundo Saad & Costa (2001) é o prêmio para uma boa defesa e, executá-lo de forma errada dá ao adversário a oportunidade de realizar um contra-ataque ainda mais perigoso.

Santana (2006) diz que o contra-ataque pode ser visto como jogo de transição, pois trata-se da passagem de um campo para o outro, ou seja, da defesa ao ataque e também do ataque a defesa. Ele cita situações cognitivas para induzir o contra-ataque:

1) Aproximação sobre o jogador escolhido, pelo meio ou ala;

2) Marcação ativa sobre quem recebe a bola nas costas, na 1 ou 2 linha;

3) Dobras pelas alas (caixote);

4) Pressão na bola e dobra pelas alas

5) oferecer o corredor com dobras pelas alas

Por sua vez, é importante ressaltar algumas situações cognitivas para contra-atacar:

1) Velocidade e criatividade do condutor,

2) Procurar o centro da quadra,

3) Passe de precisão que vence o marcador,

4) Segunda opção de passe,

5) Atacar pansando em defender,

6) Goleiro jogar adiantado no apoio

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BALZANO, Otávio Nogueira. Metodologia do jogo condicionado para o desporto futsal. Artigo. Disponível em: <http://www.futsalbrasil.com.br/artigos/artigo.php.>. Acesso em 08 de maio de 2006.

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FERRETTI, Fernando. Os sistemas defensivos – Uma visão atual. Texto Disponível em: <>. Acesso em 13 de março de 2007.

FERRETTI, Fernando. Aspectos avançados da preparação tática. Conteúdo Programático do Curso de Futsal da 19° JOPEF. Curitiba, 26 a 29 de maio de 2005.

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FONSECA, Gerard maurício Martins; SILVA, Marco Amâncio. Jogos de Futsal: da aprendizagem ao treinamento. Caxias do Sul, RS: EDUCS, 2002.

FUCKS, Luis Henrique B., Esporte Coletivo: Futsal. 2004 86f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Educação Física) – Centro de Educação Física e Desportos, UFSM. Santa Maria, RS, 2004.

LUCENA, Ricardo. Tópicos Avançados em Futsal l, Especialização em Futsal. Londrina: UNOPAR, 2006. 41 f. Notas de aula.

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VOSER, Rogério da Cunha. Iniciação ao futsal, abordagem recreativa. Canoas, RS: ULBRA, 2004.

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2 comentários:

  1. BACANA , PARABENS ,SEMPRE ENTRO PRA LER OS ARTIGOS , ABRACOS


    ATT VALDEMIR BASTOS

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  2. Dae Prof. Primeiramente um excelente Post, e segundo queria lhe desejar um Excelente 2011, e um Lindo Natal.. Que Deus continue abençoes a ti e toda sua familia.. e estamos aí juntos em 2011, se Deus quiser !!!

    Abração do Amigo Vynna!!!

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