sábado, 26 de março de 2011

Não me perguntes onde fica o Alegrete, terra do EFIPAN



Ainda há pouco assisti a uma das reportagens mais românticas qeu já vi em meus 30 anos de vida falando do futebol, tratava-se do EFIPAN (Encontro de Futebol Infantil Panamericano) de Alegrete (RS), por Marcelo Barreto no Sportv Repórter. Além da tradicional qualidade exibida, o programa apresentou o que a competição tem de melhor: o desejo e o sonho dos guris gauchos, paulistas, brasileiros, sulamericanos, latino-americanos, enfim, qualquer piazito do mundo inteiro.

Ao longo dos anos, o EFIPAN lançou craques como os argentinos Teves e Riquelme, além dos brasileiros Pato, Ronaldinho Gaucho e Neymar, pra não dizer outros tantos. Contudo, quero me deter ao aspecto saudosista, ao romantismo, a essência do jogo. Emblemática a preleção dos guris do Grêmio antes de um grenal na competição, transpirava emoção, os olhos cheios de lágrimas do garoto, a voz embargada, o arrepio na pele são as virtudes de um guerreiro. A coragem que lhe sobra assombra a muitos, mas as palavras dos consagrados validam todos os adjetivos. As batalhas nos campos farroupilhas evidenciam a importância do êxito, ali é o passaporte pro futuro, incerto futuro, mas aos que sonham, o sonho já basta. No lado de fora pais transpiram os mesmos desejos, depositam esperanças, apostam destinos; vivem glórias, experimentam fracassos, na mesma intensidade, com o mesmo entusiasmo. As nuanças ali vividas são pra vida toda, ninguém esquece o primeiro beijo, o primeiro dia de aula, o primeiro clássico, o primeiro torneio, o primeiro estádio lotado, o primeiro autógrafo, o primeiro título internacional. As palavras da gurizada corroboram a pressão sobre eles, quem vai a Alegrete sabe o caminho e o objetivo, lá descobre que poucos voltam de lá com o êxito, fica o legado que, além de ser a primeira é a única oportunidade de estar na eterna capital farrapa.

Assim passam os dias, as lembranças jamais, no peito a medalha, o troféu na mão aponta o vencedor e o craque, nos anais os vencedores, nas histórias do Alegrete o nome da gurizada que riu, chorou, bateu, apanhou, atacou, defendeu, fez gol, se emocionou vendo que a essência pode estar se perdendo, mas certamente não no Estádio Municipal Farroupilha...

"Ouve o canto gauchesco e brasileiro, desta terra que amei desde guri..." Na frase de Bagre Fagundes a essência do torneio. Todo guri leva pra si o amor pelo EFIPAN.


Um grande abraço a todos e fiquem na paz de DEUS...

Um comentário:

  1. E eh um baita acontecimento!!! Eu mesma me criei indo aos tumultuados grenais do efipan q mais pareciam uma guerra de vontade, de força. Aquela gurizada anciosa, o goleiro dava metade da trave, e a cada gol eles batiam no peito, beijavam camisa, subiam na tela pra comemorar junto com a torcida q nao queria nem saber se eram crianças, ali no campo eh rivalidade, eh paixão por futebol, por sonhos... Ah!!!!o Alegrete!!!!

    Carolina Novakoski

    PARABÉNS AMIGO QUERIDO PELO BLOG!

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